O anúncio será feito nesta quinta-feira (17) em encontro com o ex-governador Aécio Neves e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governo mineiro, onde Anastasia receberá a cúpula do partido.
A decisão da legenda configura o cenário identificado como “Dilmasia”, no qual a sigla vai apoiar o tucano na eleição local e a candidata do PT à sucessão presidencial, a ex-ministra Dilma Rousseff.
Principal estrela do partido, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), ainda balançava sobre quem apoiaria nesta eleição. A decisão foi tomada após a escolha de Hélio Costa para encabeçar a chapa da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em detrimento do ex-prefeito Fernando Pimentel, que havia apoiado Lacerda na eleição municipal de 2008.
“Com certeza o prefeito Marcio Lacerda teve uma participação decisiva”, disse o deputado estadual Wander Borges, presidente estadual da legenda. A formalização será feita no dia 27 deste mês, quando ocorrerá a convenção. “Nós vamos levar essa formulação para ser referendada na nossa convenção”, afirmou o dirigente. A coligação na eleição proporcional ainda não foi fechada. O partido faz parte do arco de alianças que apoiam o governo tucano no Estado.
Nos bastidores, o PSB vai apoiar o ex-prefeito Fernando Pimentel na disputa de uma cadeira para o Senado. A imposição da direção nacional do PT em favor de Hélio Costa foi considerada uma "intervenção branca" e tida como “draconiana” por um dirigente da cúpula socialista. Recentemente, o PR havia anunciado a coligação proporcional com os tucanos em Minas, com indicativo para a aliança majoritária (governador).
O PRB, partido do vice-presidente José Alencar, foi outra legenda que anunciou "noivado” com a candidatura de Anastasia, mesmo que no plano nacional marche com a petista Dilma Rousseff. A decisão final terá a participação de Alencar. Nesses dois casos, pesa a eleição de deputados, já que o PT seria um grande "puxador de votos" para os demais partidos.
Apadrinhado político
Marcio Lacerda foi centro de polêmica na eleição municipal de 2008, quando foi protagonista de aliança entre Aécio Neves, então governador do Estado, e Fernando Pimentel, petista que comandava a Prefeitura de Belo Horizonte.
O PSDB apoiou informalmente Lacerda, enquanto o PT firmou coligação com o PSB. A vitória do socialista, que era secretário de Estado do governo de Aécio, retirou o PT do comando da capital, cuja administração durou 16 anos.
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