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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PMDB-SP abandonam para José Serra e declaram apoio a Dilma

Com a desistência de Quércia, bancada aliada ao PSDB na disputa estadual anuncia voto presidencial no PT.Parlamentares do PMDB paulista, que se aliaram ao PSDB no Estado, assinaram ontem manifesto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência e a Michel Temer (PMDB) para Vice. O documento conta com assinaturas de três dos quatro deputados estaduais -Jorge Caruso, Baleia Rossi e Uebe Rezeck - e do único federal além de Temer, Francisco Rossi.

Segundo o deputado estadual Jorge Caruso, vice-presidente do PMDB de São Paulo e um dos que subscrevem o apoio a Dilma, a bancada paulista ainda não tinha se manifestado oficialmente sobre a disputa nacional.

"O (Orestes) Quércia deu orientação no sentido de apoiarmos o (José) Serra, mas sempre defendemos as coligações oficiais do PMDB, em São Paulo com Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloysio Nunes (PSDB), e a nacional com Michel Temer", explicou Caruso. "Não poderíamos ir contra uma decisão da Executiva Nacional do PMDB", justificou o deputado, referindo-se à decisão nacional do partido de se coligar com o PT e Dilma.

A manifestação da bancada estadual ocorre semanas após o mentor da aliança com o PSDB e presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, ter se ausentado da disputa eleitoral ao Senado por motivos de saúde. Quércia renunciou à candidatura para submeter-se a tratamento de câncer de próstata.

Os parlamentares paulistas afirmam que Orestes Quércia "sempre respeitou as posições individuais". "O Quércia sabe a postura de cada um e também está ciente da questão nacional", reiterou Jorge Caruso.

"Tendo em vista os últimos acontecimentos, ocorridos com o nosso companheiro Orestes Quércia, (...) que teve importante participação histórica no longo processo de redemocratização do país, as bancadas federal e paulista do nosso partido (...) decidem manifestar seus apoios políticos à chapa Dilma/Michel Temer", diz o documento assinado pelos parlamentares paulistas.

Nele, o deputado Michel Temer é citado como "o grande condutor nacional do PMDB".

Vanessa Damo, única deputada estadual que não assinou o manifesto, alegou a dirigentes do PMDB nacional que apoiará Dilma Rousseff, mas optou por não explicitar a decisão em função de rivalidade regional com o PT de Mauá.

A posição do PMDB paulista, segundo o coordenador do comitê suprapartidário de Dilma no Estado, Du Altimari, "é um reconhecimento ao trabalho do presidente do partido, Michel Temer". "Isso dá um direcionamento muito importante à campanha no Estado", comemorou. Prefeito de Rio Claro, Altimari afirmou que "a maioria dos prefeitos do PMDB está hoje bem dividida" entre as candidaturas de José Serra e Dilma Rousseff.

Senado. O vice-presidente do PMDB, Jorge Caruso, esclareceu que a Executiva Estadual do partido tomou a decisão de liberar o segundo voto ao Senado.

Com a desistência de Quércia, o PMDB cedeu a vaga e o tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão ao PSDB e apoiou o candidato Aloysio Nunes Ferreira. Porém, para o segundo voto, o PMDB não fará nenhuma indicação. Caruso declarou que votará em Aloysio para a primeira vaga e a Marta Suplicy (PT) para a segunda. Candidato do PSDB ao governo, Geraldo Alckmin, declarou o segundo voto a Romeu Tuma (PTB).
 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Álvaro Dias dá tchau a Serra

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um dos mais ferrenhos opositores do governo Lula e do PT no Congresso, disse nesta quarta-feira numa entrevista coletiva em Maringá, que vai votar no seu irmão Osmar Dias (PDT), aliado da petista Dilma Rousseff, para o governo do Paraná. "Em memória dos meus pais e como tenho um irmão na disputa meu voto vai para o Osmar", disse ele.

A dubiedade provocada pelos irmãos Dias fez com que o Paraná fosse o último Estado a ter o quadro eleitoral definido. Osmar ameaçou até o último instante não disputar o governo para embarcar na campanha de Serra.

O anúncio causou surpresa maior nas fileiras petistas já que Álvaro Dias foi alvo de ataques recentes de Dilma. Questionada se aceitaria o convite do senador para ir ao Senado esclarecer suas relações com a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Dilma respondeu: "do Álvaro Dias não aceito convite nem para tomar um cafezinho".

FONTE: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/09/alvaro-dias-da-tchau-jose-serra.html

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PSDB de Minas omite Serra dos 'santinhos'

Na reta final da campanha, os "santinhos" dos candidatos começam a aparecer com as chamadas "colas", mas as do PSDB que circulam em Juiz de Fora (MG) não indicam o voto no 45 de José Serra para a Presidência.

A "cola" é a representação da ordem dos candidatos que aparecerá na urna eletrônica.

Na principal cidade da Zona da Mata mineira, a Folha teve acesso a um desses impressos do PSDB. Um milhão de colas foram confeccionadas para o partido. O campo reservado para o candidato à Presidência aparece vazio.

Estão preenchidos apenas os números e nomes do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidatos a senador, e o do governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta se reeleger.

O material também não estampa a foto de Serra. Aparecem as fotos de Aécio e Itamar, ladeados por Anastasia.

PROMESSA

Recentemente, Aécio foi cobrado a ajudar Serra no Estado. O mineiro prometeu colocá-lo no seu programa eleitoral e começou a fazer isso desde a semana passada, apresentando três imagens, mas sem referência a Serra.

Ao longo de toda a campanha, o PSDB-MG vem sendo cobrado a expor a imagem de Serra no material de campanha de Anastasia e Aécio. Mas são poucos os impressos com o presidenciável.

O desempenho de Serra em Minas causou um mal-estar entre Serra e Aécio. Queixando-se de Aécio, o comando da campanha de Serra reduziu o volume de visitas do candidato a Minas. Agora não há previsão de sua presença no Estado na reta final da campanha.

O PSDB mineiro convidou Serra para uma "caminhada da vitória", mas não informou a data. Isso foi recebido pela campanha presidencial como sinal de má vontade.

Aécio, por sua vez, argumenta ao comando do PSDB que a nacionalização da disputa em Minas Gerais põe em risco a eleição de Anastasia.

O PSDB tem alegado que na coligação que apoia a candidatura de Anastasia para o governo e as de Aécio e Itamar para o Senado estão 12 partidos que têm posições distintas no cenário eleitoral nacional. O PDT, PSB e PR, por exemplo, apoiam a petista Dilma Rousseff (PT).

Anteontem, Anastasia repetiu a argumentação dos tucanos mineiros: "Temos uma base política que também apoia nacionalmente a candidata oficial no nível federal [Dilma Rousseff]".

O governador e candidato à reeleição acrescentou: "Continuamos na mesma linha, apoiando o nosso candidato José Serra com nosso material e nossas palavras, mas sabemos que cada um fará sua escolha. Vamos continuar demonstrando as vantagens do nosso candidato".

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/poder/801313-psdb-de-minas-omite-serra-dos-santinhos.shtml

domingo, 19 de setembro de 2010

Albano Franco vota em Dilma e deixa Serra desconcertado em comicio


Nem tucano vota no Zé

José Serra participou, na noite desta sexta (17), de um comício na cidade de Itabaiana, em Sergipe.

A presença de Serra contrastou com uma ausência. Principal liderança do PSDB sergipano, o deputado Albano Franco absteve-se de dar as caras.

Serra foi ao “palanque”, improvisado na corroceria de um carro de som, acompanhado de João Alves (DEM) e Emanuel Cacho (PPS).

Para constrangimento de Serra, Emanuel, candidato ao Senado, injetou Albano em seu discurso. Um vídeo com a fala ganhou a web (assista lá no alto).

Na peça, Emanuel declara: “Sergipe não pode homologar o que está acontecendo. O seu aliado, Albano Franco, não está no palanque...”

“...O seu aliado, Albano Franco, correu do palanque. A política de Sergipe, meus amigos de Itabaiana, está uma vergonha...”

“...Albano Franco vota em Dilma Rousseff. Vota em Dilma Rousseff, não vota no presidente da República do partido dele”.

Contrafeito, Serra cutuca discretamente o ‘demo’ João Alves, como a pedir-lhe que intercedesse para que Emanuel mudasse o rumo de sua prosa.

Alves leva a mão ao ombro do orador. Mas, àquela altura, o dito já não podia passar por não declarado.

Essa passagem do comício, por emblemática, dá uma idéia do drama vivenciado por Serra.

País afora, o presidenciável tucano é alvejado por silvérios de sua coligação.

Excetuando-se Geraldo Alckmin, que abre, em São Paulo, generoso espaço para Serra em sua propaganda de TV, candidatos de outros Estados o escondem.

Alguns, como Albano, levam a traição às rais do paroxismo. Outros, como Emanuel, cuidam de iluminar a tragédia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A mídia está engajada e tem um candidato, o Serra

Lembo: não temos partidos, só um movimento coordenado por Lula

Bob Fernandes

"Dramático será o dia 4 de outubro, porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula(...) A mídia está engajada e tem um candidato, o Serra, com isso se perdeu o equilíbrio e é desse embate que nasce a intranquilidade, mas ela é transitória".

A análise é do ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, em conversa com o portal Terra na manhã desta quarta-feira (15). Atual secretário municipal dos Negócios Jurídicos de São Paulo, Cláudio Lembo, do DEM, enfrentou uma gravíssima crise: a dos ataques do PCC em maio de 2006, quando era o governador do Estado.

Então, em meio ao embate com o Primeiro Comando da Capital, Lembo disse em entrevista ao Terra Magazine viver um momento de "catarse" depois de ter sido instado "pela burguesia" - também "hipócrita" - a valer-se do "o olho por olho" na reação aos ataques do PCC. Ainda à época desabafou com a colunista Mônica Bergamo:

"Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa".

Quatro anos depois, nova eleição presidencial e o ensaio de uma crise política.

Erenice Guerra, chefe da Casa Civil fustigada por denúncias, assina uma nota oficial e chama José Serra, do PSDB, de "candidato aético e já derrotado". Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, evoca o líder fascista Mussolini ao referir-se ao presidente Lula como "chefe de uma facção". Lula, por seu lado, prega "extirpar o DEM" e os Bornhausen, cujo chefe, Jorge, já defendeu um dia "acabar com essa raça", a do PT.

Diante desse cenário, o Terra ouviu o ex-governador de São Paulo. Abaixo, a conversa.

Terra - Nas últimas horas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evocou Mussolini para se referir ao presidente Lula, o ex-dirigente do DEM, Jorge Bornhausen, aconselhou o presidente Lula a "não ingerir bebida alcoólica antes dos comícios", palavras dele, sendo de Bornhausen a famosa frase sobre o PT, "vamos acabar com essa raça". O presidente agora devolveu falando em "extirpar o DEM", e a chefe da Casa Civil fez uma nota oficial chamando o candidato da oposição de "aético e já derrotado". Como o senhor, experimentado também em crises, vê isso?
Cláudio Lembo - É interessante porque a campanha ocorria com normalidade. E abruptamente aconteceram situações novas. Todas, quase todas, nasceram no ventre do próprio governo. Não foi a oposição que criou a complexidade da Casa Civil. Portanto, o que está se vivendo nasce também de equívocos do próprio governo.

Terra - Como o senhor interpreta o cenário todo?
Lembo - É transitório e próprio dos momentos que se aproximam da eleição....mas o dramático será no dia 4 de outubro.

Terra - Por quê?
Lembo - Porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula, o que é ruim para a democracia. Ou seja, o partido que é coordenado pelo presidente da República sobreviverá muito mais como movimento social do que como partido, porque ele não é orgânico.

Terra - E a oposição?
Lembo - A oposição terá um resultado mau, muito ruim no pleito, e sai sem voz, sem maior possibilidade de apontar os erros do governo, de ser e fazer oposição. Também por erros da própria oposição.

Terra - E o papel da mídia? Qual é, qual deveria ser?
Lembo - A mídia se engajou, a mídia tem um candidato...

Terra - Qual candidato?
Lembo - O candidato do PSDB, o Serra...

Terra - E qual a consequência disso? Isso esquenta a conversa de botequim das últimas horas, isso...?
Lembo - ... A mída está engajada, tem um candidato que é o Serra e com isso se perdeu o equilíbrio, vem o desequilíbrio, é desse embate que nasce a intranquilidade... mas ela é transitória. Havendo só um grande vencedor no pleito, que é o movimento social, e estando a mídia engajada como que está... disso nasce essa intranquilidade.

Terra - Quando se chega a termos como "Mussolini", "candidato aético já derrotado" e "bêbado..."
Lembo - Isso está fora dos preceitos democráticos e muito além do tom...

FONTE: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4679143-EI15315,00-Lembo+nao+temos+partidos+so+um+movimento+coordenado+por+Lula.html

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Montenegro do Ibope critica o Imprensa Golpista

 Até Calos Augusto Montenegro, dono do Ibope, jogou a toalha, criticou o golpismo do PIG (imprensa), disse que a elite só aceita a democracia se for para eles vencerem, e que Dilma 'quase' nocauteou o Zé Baixaria no debate da Rede TV!/Folha de S.Paulo.

Pode ser tudo mera esperteza para tentar "reabilitar" um pouco a combalida imagem de sua empresa, diante do inevitável. Mas que reflete a verdade, disto não resta dúvidas.

Seguem as declarações:

“Foi um debate muito tenso, mas acho que a Dilma Rousseff se saiu muito bem. Melhor do que os outros.

Primeiro, porque todos preferem formular perguntas a ela, e acaba que a candidata do governo tem muito mais exposição que os outros. O debate vira uma grande entrevista da Dilma.

Depois, porque ela soube lidar com as características de cada um dos adversários: brincou com as brincadeiras do Plínio de Arruda Sampaio; foi simpática com a Marina Silva, que é mulher como ela e participou do mesmo governo; e, sobretudo, encarou o José Serra com altivez.

No caso do Serra, a Dilma deu-lhe uma pancada que o deixou até meio desconcertado. Foi na hora em que ele falou do Irã, e ela respondeu que os EUA se deram mal em tratar os árabes com soberba. Ela conseguiu fazer a ligação entre a soberba americana e a soberba do Serra. Acho que ali ele quase foi a nocaute.

Por fim, essa história de quebra de sigilos, denúncias contra a sucessora dela no ministério, ataques sistemáticos… Isso tudo está tornando a Dilma uma vítima das elites. Ela está até ficando mais humana, mais simpática.

Eu mesmo, que não morria de amores por ela, estou começando a gostar. Ela está se mostrando mais preparada do que eu esperava.

E estou começando a sentir pena do cerco que a mídia está fazendo. Parece que esse negócio de democracia só é aceito por determinados setores quando eles estão vencendo…"

(De Tales Faria, do Poder Online)

FONTE: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/09/montenegro-do-ibope-critica-o-pig-as.html

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ombusdman da Folha de S. Paulo reconhece parcialidade do Jornal

Suzana Singer, ombusdman da Folha de S. Paulo

A Folha vem se dedicando a revirar vida e obra de Dilma Rousseff. Foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente no Sul. Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa.

Mas, no domingo passado, o jornal avançou o sinal ao colocar na manchete "Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma". O problema nem era a reportagem, que questionava a falta de iniciativa do Ministério de Minas e Energia para mudar uma lei que acabava por beneficiar com isenção na conta de luz quem não precisava.

Colocar uma lupa nas gestões da candidata do governo é uma excelente iniciativa, mas dar tamanho destaque a um assunto como este não se justifica jornalisticamente.

Foi iniciativa de Dilma criar a tal Tarifa Social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso. É fácil mexer com um benefício social? Não, o argumento de que faltava um cadastro de pobres que permitisse identificar apenas os que mereciam a benesse faz muito sentido. Existe alguma suspeita de desvio de verbas? Nada indica.

O lider da reportagem dava um peso indevido ao que se tinha apurado. Dizia que a propaganda eleitoral apresenta a candidata do PT como uma "eficiente gestora", mas que "um erro coloca em xeque essa imagem". Essa tem que ser uma conclusão do leitor, não do jornalista.

Uma manchete forçada como a da conta de luz, somada a todo o noticiário sobre o escândalo da Receita, desequilibrou a cobertura eleitoral. Dilma está bem à frente nas pesquisas de intenção de voto e isso é suficiente para que se dê mais atenção a ela do que a seu concorrente, mas, há dias, José Serra só aparece na Folha para fazer "denúncias". Nada sobre seu governo recente em São Paulo. Nada sobre promessas inatingíveis, por exemplo.

Os leitores perceberam a assimetria. Durante a semana, foram 194 mensagens à ombudsman protestando contra o noticiário, mas o maior ataque ocorreu no Twitter, a rede social simbolizada por um pássaro azul, que reúne pessoas dispostas a dizerem o que pensam em 140 caracteres. Até quinta-feira passada, tinham sido postadas mais de 45 mil mensagens anti-Folha.

Os internautas inventaram manchetes absurdas sobre a candidata de Lula: "Empresa de Dilma forneceu a antena para o iPhone 4", "Dilma disse para Paulo Coelho, há 20 anos: continue a escrever, rapaz, você tem talento!", "Serra lamenta: a Dilma me indicou o Xampu Esperança" e "Errar é humano. Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha".

O movimento batizado de #Dilmafactsbyfolha virou um dos assuntos mais populares ("trending topics") do Twitter em todo o mundo, impulsionado, em parte, pela militância política -segundo levantamento da Bites, empresa de consultoria de planejamento estratégico em redes sociais, 11 mil tuítes usaram um #ondavermelha, respondendo a um chamamento da campanha do PT na rede. Até o candidato a governador Aloizio Mercadante elogiou quem engrossou o coro contra o jornal.

Mas é um erro pensar que apenas zumbis petistas incitados por lideranças botaram fogo no Twitter. O partido não chegou a esse nível de competência computacional.

Na manada anti-Folha, havia muito leitor indignado, gente que não queria perder a piada, além de velhos ressentidos com o jornal.

Não dá para desprezar essa reação e a Folha fez isso. Não respondeu aos internautas no Twitter e não noticiou o fenômeno. O "Cala Boca Galvão" durante a Copa virou notícia. No primeiro debate eleitoral on-line, feito por Folha/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido um "trending topic". Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa.

A Folha deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes. O apartidarismo -e não ter medo de crítica- sempre foram características preciosas deste jornal.


FONTE: http://www.galeradadilma.com.br/?p=5709

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Kassab buscará refúgio no PMDB para fugir da fatal extinção do DEM

Prefeito Kassab negocia ida para o PMDB

A movimentação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não deixa dúvidas: seus dias como integrante dos Democratas estão contados. Kassab negocia diretamente com a cúpula do PMDB para embarcar na legenda de Michel Temer. Como em política não existe vácuo de poder, o prefeito mira no espólio de Orestes Quércia, o combalido comandante do PMDB de São Paulo, que faz oposição a Lula.

Kassab é hoje, nos Democratas, o último nome relevante em cargo executivo. Recentemente o partido viu sua única estrela, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, ir parar atrás das grades. O DEM é hoje uma legenda em extinção, e deve sofrer uma grave lipoaspiração até o fim do processo eleitoral.

O prefeito sabe disso e não pretende permanecer hospedado num partido em vias de se tornar nanico e identificado com o atraso. Uma eventual vitória de Dilma será determinante para que Kassab seja seguido por uma leva de políticos de oposição que não têm como embarcar no PT e não desejam ficar ao relento por mais quatro anos.

O PMDB, um gigante de centro, tende a inchar ainda mais, enquanto a oposição emagrece drasticamente. Mas outros partidos da base aliada também serão destino dos refugiados da oposição em busca da sobrevivência política pela via do adesismo.

A ida de Kassab para o PMDB é a principal opção política do prefeito. E a sua simples cogitação já está causando crises de ciúmes entre integrantes do partido de Temer.

FONTE: http://noticias.r7.com/blogs/christina-lemos

Apoio de Simon a Dilma é criticado por deputados

Perondi diz que senador deveria fazer mais campanha, e Terra afirma que Simon não fala pela sigla

Paulo Germano

Em entrevista a ZH publicada ontem, no entanto, Simon disse que “o melhor para todos é Dilma como presidente e Fogaça como governador do Rio Grande do Sul”.

– Seria melhor que Simon, por ser o nosso presidente, mantivesse a neutralidade – avaliou o deputado federal Osmar Terra, outro serrista do PMDB.

E completou:

– Para dar opinião como presidente, ele precisa ouvir as bancadas federal e estadual, coisa que não fez.

Para Perondi, a posição de Simon “põe em risco a eleição de Fogaça”. O parlamentar diz que o PMDB precisará da governadora Yeda Crusius (PSDB) em um eventual segundo turno contra Tarso Genro (PT). Alardeando apoio a Dilma, Simon estaria afastando Yeda de uma futura coligação.

– Sugiro ao Simon menos entrevista e mais campanha. Eu convoco o senador a viajar conosco pelo Interior. Ele verá que a maioria do PMDB não aceita Dilma. É muito grave essa postura dele – criticou Perondi.

O líder da bancada do PT na Assembleia, Elvino Bohn Gass, demonstrou irritação com outra afirmação de Simon a ZH. Ao defender o voto Dilma-Fogaça, o senador disse que “Tarso nem representa o PT, ele representa uma ala do PT”. E acrescentou que “não é a mesma ala da Dilma”.

– Nada, absolutamente nada confere a Simon qualquer autoridade para dizer isto. É tão eivada de oportunismo a manifestação de Simon que, se fôssemos responder no mesmo tom, diríamos: “Simon nem é Fogaça, ele sempre foi Yeda” – disse Bohn Gass.

O deputado estadual Luiz Fernando Záchia (PMDB) votará em Serra, mas defendeu Simon. Disse que, no caso de vitória de Dilma, é melhor Fogaça assumir o Piratini porque “terá com ela uma relação apartidária”:

– Na disputa interna no PT, Tarso estava de um lado, Dilma de outro. Tarso tinha o objetivo de ser candidato à Presidência, fazia movimentações contrárias quando Lula falava em Dilma. Fogaça construiria um entendimento com facilidade, sem ranço.

FONTE: ZERO HORA

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Aliados fazem críticas a Serra em notas na Internet

Cesar Maia e Roberto Jefferson reprovam atitudes do tucano

Rio - O candidato do PSDB a presidente, José Serra, foi criticado ontem por aliados pela Internet. Cesar Maia (DEM) e o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, condenaram atitudes recentes do tucano na campanha eleitoral.

O ex-prefeito do Rio postou mensagem criticando elogios de Serra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Há que se ter cuidado com as declarações sobre adversários: foi dito que Mantega era correto e Lula estadista. E agora, José?”, questionou Cesar, que disputa vaga de senador.

Ele se referia à declarações de Serra defendendo Mantega sobre suposto dossiê denunciando influência da empresária e ex-modelo Marina Mantega, filha do ministro, no fundo de pensão do Banco do Brasil, o Previ. Antes, o tucano já havia dito que Lula está “acima do bem e do mal”.

As críticas de Jefferson foram por causa dos ataques de Serra às alianças da adversária Dilma Rousseff (PT) com políticos envolvidos em escândalos, como o ex-presidente Fernando Collor, candidato ao governo de Alagoas pelo PTB. “A batida nacional em Collor/PTB afeta nossa campanha em Alagoas. Sé é ruim para meu partido, é para mim”, escreveu.

Em São Paulo, onde visitou o Museu da Língua Portuguesa, Serra não comentou as críticas. Ele voltou a usar o caso de quebra de sigilo fiscal de sua filha Verônica e de integrantes do PSDB para atacar o PT. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que o PT está envolvido. Esse é o DNA do PT”, disse. Evitou, porém, polemizar com Lula, que sábado o acusou de baixar o nível da campanha. Serra disse que preferia debater com a candidata do PT. “A Dilma fica na sombra do Lula na campanha e agora no debate”, disparou.

O analista tributário Gilberto Souza Amarante, funcionário da Receita que acessou no interior de Minas Gerais dez vezes os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, é filiado ao PT desde 2001, segundo o jornal ‘O Estado de S. Paulo’. O presidente do partido, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que se houve acesso motivado por parte de Amarante aos dados fiscais de Eduardo Jorge, ele terá que arcar com as consequências, sendo objeto de inquérito pela Receita Federal e, caso seja confirmado o ato ilícito, será expulso do PT.

Dilma quer aprimoramento na Receita

Em entrevista ontem em Brasília, a candidata do PT, Dilma Rousseff, voltou a desvincular o caso de quebra de sigilos da campanha. Ela disse que os acessos ocorreram em abril de 2009, antes que as candidaturas dela e de Serra estivessem definidas. Dilma defendeu que a Receita aprimore seus controles para evitar episódios semelhantes. “Não se pode tratar questão de vazamento de forma leniente”, disse a petista. Questionada sobre a possibilidade de demissão do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, ela disse, porém, que é preciso cuidado, para não haver “leviandades”.

Já a candidata do PV, Marina Silva, voltou a condenar o caso. Ela criticou o “descontrole” na Receita. No Acre, Marina defendeu a punição dos culpados. “Se fosse em qualquer outro país, o ministro (Mantega) já estaria dando explicações ao Congresso. Lamentavelmente aqui está sendo tratado como brincadeira”, disse.

FONTE:  http://odia.terra.com.br

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ex-tucano, Osmar critica Serra e diz que aliança com Dilma ajuda ruralistas do Paraná

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, disse, nesta quarta-feira (1) durante sabatina Folha/UOL que é o mais indicado a defender os produtores rurais caso a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, seja eleita. Ele também criticou seu ex-colega de PSDB, José Serra, por ter "prejudicado o Estado" na Constituinte de 1988.


“Eleita a Dilma, quem é que pode defender mais a agricultura do Paraná? Eu ou o meu adversário?”, questionou o pedetista, referindo-se ao primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o tucano Beto Richa.

Sobre Serra, o ex-tucano Osmar - que deixou o partido por conta de uma disputa interna motivada por suspeitas de corrupção no governo Fernando Henrique Cardoso -, afirmou: "É dele a emenda que manda cobrar o ICMS na distribuição da energia, e não na distribuição. Com isso, o Paraná perde R$ 500 milhões por ano", disse.

O pedetista afirmou que o ex-prefeito de Curitiba, hoje seu adversário, descumpriu um acordo para permanecer no cargo até 2012. E se disse a melhor opção para os agricultores paranaenses terem diálogo em um eventual governo Dilma.
"Não preciso pular de um helicóptero dizendo que vou ajudar os agricultores. Eles sabem que vou fazer isso", afirmou Osmar ao ser questionado se suas propostas não estão muito mais ligadas ao PSDB do que o PT.

Polícia e pedágio

Osmar afirmou que, se eleito, contratará mais de 7 mil policiais para combater a criminalidade no Estado, hoje maior do que em outras regiões por conta “da falta de policiamento especial nas fronteiras” e “do “crack, que é o motor” disso.

O segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto evitou criticar seu neoaliado, o ex-governador Roberto Requião (PMDB), por não ter contratado mais policiais. O pedetista atribuiu o crescimento do crime no Estado à necessidade do governo estadual de pagar dívidas do Banestado, banco público do Paraná que foi privatizado, diz ele “pelos aliados do meu adversário [Beto Richa, do PSDB]”.

“Não podemos achar que o policiamento na fronteira tem de ser como em todo o Estado. No Estado, precisamos recompor o contingente das polícias. Contratar 5 mil militares e 2,3 mil civis”, disse Osmar, que prometeu ainda uma policia militar de fronteira, para barrar os tráficos de armas e de drogas. “Mas precisamos de uma parceria com o governo federal. O Estado sozinho não dá conta.”

“O crack tem sido o motor dessa criminalidade. O Paraná é fronteira com outros países e, por isso, fui autor do requerimento de urgência no Senado para dar poder de polícia às forças armadas na fronteira”, afirmou o pedetista. “Nós queremos mais polícia e mais Exército na fronteira. E vamos criar a polícia militar de fronteira, treinada, capacitada e habilitada para conter esse ingresso de drogas.”

O senador, que apoiou Beto nas eleições para a prefeitura de Curitiba em 2008, acusou aliados do adversário de exagerarem nas cobranças de pedágio em rodovias estaduais. “O pedágio desse pessoal que quer voltar é dez vezes mais o que é cobrado nas rodovias federais. Claro que eu não concordo com essas tarifas. Por isso, vou criar a agência reguladora, como é determinado por lei”, afirmou.

“Mensalmente quero abrir a planilha para você dimensionar as tarifas em cima de termos reais, e não do apetite de quem tem pedágio. Se a gente fizer um cálculo do fluxo de veículos de quando os pedágios foram instalados e hoje, pode ter alterado a planilha. Quero sentar com as concessionárias e discutir isso. Este preço não está sendo justo com os usuários”, disse ele, que ainda se comprometeu a não privatizar os portos do Estado.

Neoaliado Requião

Questionado sobre se há constrangimento por ter feito aliança com o ex-governador Requião, hoje candidato ao Senado, Osmar rejeitou a ideia e disse que tem discordâncias políticas até dentro da própria família, com o irmão tucano Alvaro.

Até poucas semanas atrás, Alvaro era cotado como vice de Serra, mas acabou preterido por Indio da Costa (DEM). Isso levou Osmar a adiar o anúncio sobre se seria candidato ao governo, com apoio da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou se tentaria a reeleição no Senado, com suporte tucano.

“Se eu tenho o direito de divergir dentro da minha casa, eu tenho o direito de divergir do Requião. Mas tenho de reconhecer avanços. Essa diversidade também houve no governo Lula. O que a gente não pode é perder a convicção”, disse o pedetista. Ele atribuiu ao partido do ex-governador o atraso no anúncio de sua candidatura. “O que houve foi uma demora para o PMDB decidir não ter candidato. A demora não foi minha, foi de os partidos aceitarem a aliança, como queria o presidente Lula.”

Ao falar sobre sobre o uso de produtos transgênicos, o candidato disse que "a transgenia é um capítulo pequeno da biotecnologia, (...) responsável pelo Brasil ter um aumento de 150% na produção agrícola”.

E completou: “Nós temos uma comissão para analisar a possibilidade de plantação de transgênicos. O que nós temos que fazer é separar o tradicional e o transgênico e dar ao consumidor a possibilidade de escolher".

Questionado sobre o apoio ao então presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições de 2006, Osmar disse que o movimento aconteceu porque o PT apoiou Requião e o deixou sem alternativa.

“Estou na base do governo Lula desde 2006. Não tem nenhum voto meu contra as políticas sociais do governo Lula.”, afirmou. “O meu partido teve um candidato à Presidência no primeiro turno em 2006, que foi o Cristovam Buarque. No segundo turno no Paraná, o PSDB apoiou minha campanha e o PT apoiou meu adversário. Foi natural.”

FONTE: http://eleicoes.uol.com.br