Cesar Maia e Roberto Jefferson reprovam atitudes do tucano
Rio - O candidato do PSDB a presidente, José Serra, foi criticado ontem por aliados pela Internet. Cesar Maia (DEM) e o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, condenaram atitudes recentes do tucano na campanha eleitoral.O ex-prefeito do Rio postou mensagem criticando elogios de Serra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Há que se ter cuidado com as declarações sobre adversários: foi dito que Mantega era correto e Lula estadista. E agora, José?”, questionou Cesar, que disputa vaga de senador.
Ele se referia à declarações de Serra defendendo Mantega sobre suposto dossiê denunciando influência da empresária e ex-modelo Marina Mantega, filha do ministro, no fundo de pensão do Banco do Brasil, o Previ. Antes, o tucano já havia dito que Lula está “acima do bem e do mal”.
As críticas de Jefferson foram por causa dos ataques de Serra às alianças da adversária Dilma Rousseff (PT) com políticos envolvidos em escândalos, como o ex-presidente Fernando Collor, candidato ao governo de Alagoas pelo PTB. “A batida nacional em Collor/PTB afeta nossa campanha em Alagoas. Sé é ruim para meu partido, é para mim”, escreveu.
Em São Paulo, onde visitou o Museu da Língua Portuguesa, Serra não comentou as críticas. Ele voltou a usar o caso de quebra de sigilo fiscal de sua filha Verônica e de integrantes do PSDB para atacar o PT. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que o PT está envolvido. Esse é o DNA do PT”, disse. Evitou, porém, polemizar com Lula, que sábado o acusou de baixar o nível da campanha. Serra disse que preferia debater com a candidata do PT. “A Dilma fica na sombra do Lula na campanha e agora no debate”, disparou.
O analista tributário Gilberto Souza Amarante, funcionário da Receita que acessou no interior de Minas Gerais dez vezes os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, é filiado ao PT desde 2001, segundo o jornal ‘O Estado de S. Paulo’. O presidente do partido, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que se houve acesso motivado por parte de Amarante aos dados fiscais de Eduardo Jorge, ele terá que arcar com as consequências, sendo objeto de inquérito pela Receita Federal e, caso seja confirmado o ato ilícito, será expulso do PT.
Dilma quer aprimoramento na Receita
Em entrevista ontem em Brasília, a candidata do PT, Dilma Rousseff, voltou a desvincular o caso de quebra de sigilos da campanha. Ela disse que os acessos ocorreram em abril de 2009, antes que as candidaturas dela e de Serra estivessem definidas. Dilma defendeu que a Receita aprimore seus controles para evitar episódios semelhantes. “Não se pode tratar questão de vazamento de forma leniente”, disse a petista. Questionada sobre a possibilidade de demissão do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, ela disse, porém, que é preciso cuidado, para não haver “leviandades”.
Já a candidata do PV, Marina Silva, voltou a condenar o caso. Ela criticou o “descontrole” na Receita. No Acre, Marina defendeu a punição dos culpados. “Se fosse em qualquer outro país, o ministro (Mantega) já estaria dando explicações ao Congresso. Lamentavelmente aqui está sendo tratado como brincadeira”, disse.
FONTE: http://odia.terra.com.br
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