Perondi diz que senador deveria fazer mais campanha, e Terra afirma que Simon não fala pela sigla
Paulo GermanoEm entrevista a ZH publicada ontem, no entanto, Simon disse que “o melhor para todos é Dilma como presidente e Fogaça como governador do Rio Grande do Sul”.
– Seria melhor que Simon, por ser o nosso presidente, mantivesse a neutralidade – avaliou o deputado federal Osmar Terra, outro serrista do PMDB.
E completou:
– Para dar opinião como presidente, ele precisa ouvir as bancadas federal e estadual, coisa que não fez.
Para Perondi, a posição de Simon “põe em risco a eleição de Fogaça”. O parlamentar diz que o PMDB precisará da governadora Yeda Crusius (PSDB) em um eventual segundo turno contra Tarso Genro (PT). Alardeando apoio a Dilma, Simon estaria afastando Yeda de uma futura coligação.
– Sugiro ao Simon menos entrevista e mais campanha. Eu convoco o senador a viajar conosco pelo Interior. Ele verá que a maioria do PMDB não aceita Dilma. É muito grave essa postura dele – criticou Perondi.
O líder da bancada do PT na Assembleia, Elvino Bohn Gass, demonstrou irritação com outra afirmação de Simon a ZH. Ao defender o voto Dilma-Fogaça, o senador disse que “Tarso nem representa o PT, ele representa uma ala do PT”. E acrescentou que “não é a mesma ala da Dilma”.
– Nada, absolutamente nada confere a Simon qualquer autoridade para dizer isto. É tão eivada de oportunismo a manifestação de Simon que, se fôssemos responder no mesmo tom, diríamos: “Simon nem é Fogaça, ele sempre foi Yeda” – disse Bohn Gass.
O deputado estadual Luiz Fernando Záchia (PMDB) votará em Serra, mas defendeu Simon. Disse que, no caso de vitória de Dilma, é melhor Fogaça assumir o Piratini porque “terá com ela uma relação apartidária”:
– Na disputa interna no PT, Tarso estava de um lado, Dilma de outro. Tarso tinha o objetivo de ser candidato à Presidência, fazia movimentações contrárias quando Lula falava em Dilma. Fogaça construiria um entendimento com facilidade, sem ranço.
FONTE: ZERO HORA
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