DF

quarta-feira, 30 de junho de 2010

PSC também ameaça abandonar barco tucano

Depois do DEM, o seminanico PSC também deu sinais nesta terça-feira de que pode recuar do apoio à candidatura presidencial de José Serra (PSDB).

Oficialmente, integrantes da legenda se dizem desconfortáveis com o silêncio do PSDB em relação à indicação do senador Mão Santa (PSC-PI) para a vice do tucano.

Nos bastidores, entretanto, pesam a queda de Serra nas pesquisas e um intenso assédio do PT e do PMDB, que estariam oferecendo vantagem em composições estaduais.

Hoje o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), se reuniram com dirigentes do PSC. Já o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que mantém grande ascendência sobre a bancada de deputados federias do partido, passou o dia também em conversas com integrantes da legenda.

A intenção de petistas e peemedebistas é evitar a adesão formal do partido ao tucano. O PSC têm 16 deputados federais (é a décima bancada), um senador e, neste ano tem o ex-governador Joaquim Roriz (DF) como principal candidato anunciado a um governo de Estado.

A aliança a Serra acrescenta apenas 19 segundos aos pouco mais de sete minutos estimados para o tucano na propaganda de rádio e TV (para cada bloco de 25 minutos).

"A aliança ao Serra está sendo questionada na medida que o PSDB resolveu tudo por conta própria, ignorando os parceiros. Sugerimos o Mão Santa como vice e esperávamos uma certa delicadeza, de dizerem pelo menos: 'Olha, estamos pensando nisso, o que vocês acham'. Mas não falaram nada. Com isso, voltou tudo à estaca zero", afirmou o deputado federal Régis de Oliveira (PSC-SP).

O deputado se refere a decisão da convenção nacional do partido, de meados de junho, que declarou apoio "irrestrito" a Serra e indicou Mão Santa. Mas a oficialização do apoio ficou para a Executiva Nacional da legenda, que dará a palavra final até amanhã.

"A tendência é permanecer onde estamos, mas temos o direito de resolver até amanhã. Nosso foco nessa eleição é dar corpo à nossa bancada [de deputados federais] e estamos vendo de que forma isso fica mais fácil", disse o vice-presidente da legenda, Pastor Everaldo Pereira, que se reuniu com Padilha e Vaccarezza.

FONTE: folha.com

terça-feira, 29 de junho de 2010

PPS embarca na chapa do PT no DF


Executiva nacional do partido analisa hoje se anula ou não a decisão do diretório regional de se aliar a Agnelo Queiroz na corrida ao Buriti

Ana Maria Campos

Publicação: 29/06/2010 07:46

Em convenção regional, o PPS decidiu ontem seguir na chapa encabeçada pelo petista Agnelo Queiroz. Um dos partidos mais próximos do ex-governador José Roberto Arruda em 2006, a legenda quer integrar a coligação do PT, PMDB, PSB, PDT, PCdoB, PRB e PRP como estratégia para tentar facilitar a reeleição do deputado federal Augusto Carvalho e emplacar mais distritais. A posição local, no entanto, pode não durar muito tempo. O presidente nacional do partido, Roberto Freire, discorda do apoio ao petista por significar uma ajuda à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.

Agnelo, ao lado de lideranças do PPS-DF e outras legendas:
Agnelo, ao lado de lideranças do PPS-DF e outras legendas: "Aliança política para governar o DF"
Freire teme que o tempo de televisão do PPS no Distrito Federal seja usado por Dilma contra o tucano José Serra, o concorrente que a legenda apoia na disputa nacional. “Augusto Carvalho é uma das figuras mais importantes do PPS, mas o partido não é pura e simplesmente Augusto”, afirmou Freire. O caso será levado hoje à direção nacional e a expectativa é de que uma intervenção nacional anule a convenção regional. O comando local não deve se conformar com uma imposição da cúpula e deve acionar a Justiça numa briga que deve se estender pelos próximos dias. “O PT sempre foi nosso adversário. Apoiamos Lula em 2002 e consideramos que ele fraudou nossas expectativas. Por isso, tenho recebido muitas manifestações de estranheza no PPS sobre a possível aliança com o PT no Distrito Federal”, disse Freire.

O apoio do PPS ao PT dividiu a legenda de Augusto Carvalho. O deputado federal defende a coligação com petistas com a meta de obter o coeficiente eleitoral (cerca de 200 mil votos) necessário para voltar à Câmara dos Deputados. Ele acredita que, numa parceria com o DEM, que deverá lançar o deputado Alberto Fraga na corrida ao GDF, dificilmente conseguirá o número mínimo de votos exigido pela legislação eleitoral para se eleger, mesmo que tenha um bom desempenho na campanha. Nessa estratégia, Augusto se aliou ao grupo do deputado distrital Alírio Neto — que detém um terço dos votos da convenção. A ala ligada ao ex-presidente regional Fernando Antunes tentou construir uma via alternativa.

Liberdade
Augusto aposta que a direção nacional vai se conformar. Um dos pontos discutidos com Agnelo é a liberdade para que a militância do PPS faça campanha para Serra, sem conflitos com a corrida dos votos na disputa local. “O que está em jogo não é um embate entre Serra e Dilma e, sim, a derrota ao atraso e a um passado com métodos condenáveis. O melhor caminho para essa travessia é por meio de Agnelo”, aposta Augusto. E acrescenta: “Não acredito que não haja espaço no PPS para que um dirigente formule uma proposta que contenha essa violência (intervenção)”.

O presidente regional do PPS, Claúdio Abrantes, confirma a disposição de manter a coerência com a direção no que se refere à campanha nacional. “O tempo de televisão do PPS não será usado para Dilma. Vamos trabalhar pela eleição de Serra”, assegura. Agnelo e o candidato a vice, Tadeu Filippelli, estiveram ontem na convenção e fizeram discurso. “Essa não é apenas uma aliança eleitoral, é uma aliança política para governar o DF”, disse o petista.

"O PT sempre foi nosso adversário. Apoiamos Lula em 2002 e consideramos que ele fraudou nossas expectativas. Por isso, tenho recebido muitas manifestações de estranheza no PPS sobre a possível aliança com o PT no Distrito Federal"
Roberto Freire, presidente nacional do PPS

O número
200 mil
Total aproximado de votos do coeficiente eleitoral, mínimo necessário para a eleição de um deputado federal

Os ratos abandonam a canoa de Serra

por Altamiro Borges, em seu blog

Não é só o DEM, traído pela indicação atabalhoada do tucano Álvaro Dias para vice, que ameaça abandonar a campanha de José Serra, tirando-lhe preciosos minutos da propaganda eleitoral de rádio e TV. A recente pesquisa do Ibope, que confirmou a liderança de Dilma Rousseff, já está causando outras cenas que lembram os ratos fugindo do navio a deriva. O clima no ninho tucano é de desânimo e descontentamento com os rumos da campanha da oposição de direita.

Os jornalões conservadores noticiaram, sem maior alarde, algumas cenas curiosas neste final de semana. Em Minas Gerais, José Serra só foi citado uma única vez nos discursos de Aécio Neves e Antonio Anastasia, candidatos tucanos ao Senado e ao governo estadual. Já no Rio Grande do Sul, a governadora Yeda Crusius não mencionou o seu nome em quase meia hora de discurso. Questionada, disse que “foi um lapso”. Outro tucano de alta plumagem, Tasso Jereissati também se esqueceu de citar José Serra no seu discurso de 23 minutos na convenção tucana do Ceará.

Os ausentes no “velório”

Já o serviçal PPS, segundo uma notinha do jornal O Globo, “desistiu do alinhamento automático ao PSDB e ao DEM. Essa era a vontade de seu presidente, Roberto Freire. Mas foram liberadas as alianças com os partidos governistas. O partido concluiu que isso comprometia a reeleição de oito de seus 23 deputados federais”. Em vários estados, candidatos da oposição de direita devem confeccionar materiais de campanha sem citar o nome e o número do presidenciável do PSDB.

Diante da popularidade recorde do presidente Lula e do robusto crescimento de Dilma Rousseff nas pesquisas, parece que alguns tucanos, demos e outras tranqueiras resolveram se distanciar do contagioso José Serra. “É sempre bom lembrar que ninguém é obrigado a acompanhar velório”, resume o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

FONTE: viomundo.com.br

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ATÉ TU BRUTUS..: Sérgio Guerra admite que Serra vai perder

Depois de FHC, agora é Sérgio Guerra que admite que o Serra vai perder a eleição


Primeiro foi Fernando Henrique Cardoso que declarou a colunista Mônica Bergamo, que José Serra não vai vencer a eleição presidencial.

Agora, o senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, admitiu ao jornal de oposição ao governo Lula, O Globo, que José Serra e Álvaro Dias perderão as eleições

Sérgio Guerra admite que impasse sobre vice de Serra pode comprometer vitória do PSDB

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), admitiu nesta segunda-feira, em entrevista à rádio CBN, que a vitória do partido nas eleições presidenciais deste ano pode ter sido comprometida com a negativa do aliado DEM em apoiar o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para a vice-presidência na chapa encabeçada por José Serra. Para Guerra, a principal questão é a falta de unidade.

- Temo que tenhamos neste episódio atuado para comprometer a nossa vitória. Não é a questão de um partido ter o apoio do outro. Já votamos com os democratas, e os democratas votam conosco há muitos anos. O problema é ter unidade, tranquilidade, e uma solução construtiva da luta que enfrentaremos - apontou Guerra.

No último domingo, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, defendeu o rompimento da aliança caso a legenda não possa indicar o vice. Nesta segunda-feira, Maia deve se reunir em São Paulo com Serra para dar um ultimato: ou o PSDB desiste da chapa puro-sangue ou haverá o risco de o DEM ficar fora da coligação.

Guerra ressaltou ainda que o impasse pode afetar as alianças estaduais:

Os encaminhamentos estaduais seguem seus cursos, mas ninguém pode pensar que não havendo entendimento geral vá se ter entendimento local com a facilidade que se tinha antes.

Cesar Maia dá a eleição como perdida

Na reunião de cúpula dos DEMOS, realizada domingo, no Rio, para discutir a crise aberta com a decisão de Serra de impor uma chapa puro-sangue à coalizão demotucana, Cesar Maia jogou a toalha e admitiu a derrota como favas contadas.

O desalento do ex-governador do Rio não é um caso isolado e já transpira até nas colunas de aguerridos 'analistas' tucanos. Na avaliação de Cesar Maia, segundo o jornal O Globo, a eleição foi perdida no momento em que o candidato escolhido foi Serra, e não o ex-governador mineiro Aécio Neves.

Os DEMOS têm uma reunião com Serra nesta 2º feira, naquela que seria a última tentativa de reverter a escolha de Alvaro Dias para vice na chapa de oposição a Lula e Dilma. A intenção é dar um ultimato: ou o cargo será ocupado por um representante do partido, ou a agremiação romperá a aliança.

Dois minutos e 90 segundos de propaganda eleitoral estão em jogo. Ainda que a ruptura não ocorra oficialmente fica difícil imaginar uma adesão mais que formal de lideranças ressentidas, como é o caso de Cesar Maia, à campanha de Serra, que desfruta igual empenho entre as fileiras tucanas de MG, após o passa-moleque aplicado em Aécio Neves.

O agora indisfarçável mal-estar entre DEMOS e PSDB reavivou uma tese curiosa. Há tempos, circula nos meios acadêmicos, sobretudo em franjas que ainda enxergam em Serra um ‘desenvolvimentista’ (‘de boca’, retrucaria Maria da Conceição Tavares) um mito eleitoral: Serra teria como plano concorrer à presidência com o apoio da direita e da extrema-direita acantonadas nos DEMOS para --se vencer o pleito-- dar um golpe, alijando os apoiadores incômodos de qualquer influencia em um hipotético governo.

O tratamento dispensado ao ex-PFL na questão da vice reforçaria essa tese, segundo alguns amigos do ex-governador de SP. O raciocínio generoso dos academicos esbarra, porém, num pequeno detalhe: desde quando Alvaro Dias é sinônimo de ruptura progressista?


FONTE: Carta Maior

Apolinário, do DEM, pede voto para Dilma e Mercadante

Ex-líder do DEM, Apolinário diz que deve votar em Dilma e manda recado a Kassab

Por Malu Delgado

Destituído da liderança do DEM na Câmara Municipal de São Paulo após declarar apoio e voto ao petista Aloizio Mercadante ao governo do Estado, o vereador Carlos Apolinário afirmou ao blog que não se sente mais na obrigação de articular apoios a projetos e votações de interesse do governo do prefeito Gilberto Kassab. Afirmou, ainda, que “tudo caminha para votar em Dilma Rousseff” à Presidência.

Quatro dos sete vereadores do DEM assinaram documento hoje retirando Apolinário da liderança. O novo líder a partir de agora é o vereador Marco Aurélio de Almeida Cunha. Da bancada do DEM, o vereador Milton Leite também já havia declarado apoio a Mercadante.

“Em parte isso até ajudou (sair da liderança). Agora, sou só o cabo eleitoral do Mercadante”, afirmou o vereador.

Ele disse, ainda, que não pretende deixar o DEM e que não recebeu nenhum alerta formal ou informal sobre um eventual processo de expulsão. “Só irei (para outro partido) se o DEM me mandar embora. Sou DEM até que provem o contrário.”

Diante da decisão do partido de retirá-lo da liderança, Apolinário reagiu: “Não tenho mais nenhuma responsabilidade de ajudar a aprovar os projetos do Kassab na Câmara”.

Aproveitou o episódio para enfatizar que Kassab “tomou sozinho a decisão de apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) sem reunir a bancada de vereadores”. E acrescentou: “Ele (Kassab) tomou a decisão sozinho, e eu respeito. Eu também tomei a decisão sozinho”.

Sobre uma eventual expulsão, mandou um aviso indireto ao DEM: “A lei que bate em Chico bate em Francisco”.


FONTE: blogs.estadao.com.br

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Prefeitos tucanos vão pedir votos para Dilma

Ascensão de Dilma estremece PSDB e fragiliza palanques de Serra

A vigorosa liderança de Dilma Rousseff (PT) na última pesquisa CNI/Ibope enfraqueceu ainda mais a já fragilizada costura de alianças de José Serra (PSDB). Um dia após o levantamento ter registrado vantagem de cinco pontos porcentuais para a petista — 40% a 35% —, tucanos também reclamaram de desorganização na campanha e de centralização das decisões nas mãos de Serra.

O presidente do PSDB-RJ, José Camilo Zito, já vislumbrou que o resultado da pesquisa vai dificultar ainda mais a campanha de Serra no estado. Decepcionados com Serra, prefeitos do partido já o avisaram de que vão pedir votos para Dilma — e o PSDB, estonteado, já culpa publicamente o governo federal.

“Isso já vinha ocorrendo porque o uso da máquina é muito forte. Em alguns municípios, mesmo administrados pelo PSDB, esse uso de máquina faz com que os prefeitos entrem para a campanha deles”, choramingou Zito — que também é prefeito de Duque de Caxias, principal cidade administrada pelo PSDB no Rio.

Santa Catarina é outro exemplo do colapso. Sob pressão do comando nacional, o PMDB local (até então fechado com PSDB e DEM) definirá seu futuro amanhã em uma convenção. No estado, parte do PMDB cogita lançar candidato próprio, desmontando o palanque de Serra. Na quarta-feira, o ex-governador e candidato ao Senado Luiz Henrique Silveira avisou Serra que levaria a disputa à convenção.

“Esse Sul está um horror”, disse o presidente do PSDB-SC, Beto Martins. Ele se referia também ao Paraná. Após flertar abertamente com o PSDB, Osmar Dias (PDT) não descarta concorrer ao governo do estado aliado ao PT. Prometeu anunciar sua decisão na quinta-feira, mas adiou para esta sexta.

O desempenho de Dilma também teve reflexo no PP. Aliado de Lula, o PP chegou a discutir a hipótese de aliança formal com o PSDB quando Serra liderava as pesquisas — mas, nesta semana, optou pela neutralidade. No dia 7 de julho, o partido vai anunciar apoio informal a Dilma.

“É melhor fazer desta forma para evitar ter que fazer intervenção em um ou outro estado”, disse o presidente do partido, senador Francisco Dornelles (RJ). Segundo o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), a maioria defendia a aliança formal com Dilma, mas Dornelles barrou a convocação da convenção.

Outros estados em alerta

Ainda nesta quinta-feira, a campanha de Serra tentava desatar nós em Sergipe — onde o DEM reclama da resistência do ex-governador Albano Franco a uma aliança — e no Pará — estado em que o ex-governador Simão Jatene tenta evitar a candidatura do DEM ao Senado. O tempo para evitar mais debandadas é escasso, já que a campanha começa oficialmente em dez dias.

Diante da indicação da pesquisa CNI/Ibope de que houve uma queda nas intenções de voto de Serra no Sudeste, um dos estrategistas da campanha, deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), diz que “é obvio” que o PSDB tem de estar atento. Segundo ele, é preciso procurar saber o que está de fato ocorrendo na região em que o partido é mais forte e tem o governo dos dois principais estados — São Paulo e Minas Gerais. “Se houve uma queda no nosso ponto forte, onde há um público mais identificado com nossa administração e somos bem avaliados, temos de analisar o porquê.”

A pesquisa CNI/Ibope abriu espaço para pelo menos um aliado do tucano no Rio Grande do Sul criticar o comando da campanha. “A fotografia do momento serve para uma reflexão: é preciso humildade e valorização dos bons parceiros”, afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM).

A frase reflete uma circunstância regional. Lorenzoni lamenta que o segundo palanque gaúcho, que DEM, PTB e PPS articulavam em torno do petebista Luís Augusto Lara, e oferecido ao PSDB ao longo de 40 dias, não tenha se viabilizado por falta de interesse dos tucanos. “Essa composição tinha grande poder de mobilização na região metropolitana de Porto Alegre, que concentra 4 milhões de votos, e na qual o PT é muito forte”, diz Lorenzoni.

“Dono” do palanque de Serra na Bahia, o candidato do DEM ao governo do estado, Paulo Souto, não quis comentar a pesquisa. Mas integrantes de sua campanha criticaram a concentração de exposição de Serra na mídia no período da Copa do Mundo. Já o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen advertiu que é preciso encerrar o período de montagem dos palanques estaduais e definição do vice para avaliar melhor as candidaturas. “Isso tudo toma tempo e deixa o candidato paralisado”, avaliou.

Ajustes

Nos bastidores, a cúpula tucana passou a defender ajustes na agenda e a necessidade de harmonizar o discurso. Na avaliação de um parlamentar tucano, é preciso parar de ter medo do candidato e aderir de fato à campanha. Segundo ele, a campanha não é de Serra, mas do PSDB — e o que está em jogo é o futuro da oposição.

Em outra linha de interpretação, Jutahy Júnior admitiu que o resultado da pesquisa foi “uma surpresa” e que todo levantamento em que o candidato aparece atrás gera estresse na campanha. Mesmo ressalvando que “a campanha só começa em 5 de julho”, o parlamentar diz que Dilma já está se tornando conhecida no Brasil inteiro como candidata do presidente.

Presidente do PSDB, coordenador da campanha de Serra e empregador de funcionários fantasmas, o senador Sérgio Guerra (PE) reconheceu que uma avaliação ampla deveria ser feita pelo partido. Ele viajou para São Paulo a fim de se reunir com Serra no início da noite de quinta. Entre os assuntos, além da pesquisa, estavam a finalização de palanques regionais e a escolha do vice na chapa. “É preciso que sejam feitas avaliações”, avisou.

Lideranças tucanas chegaram a advertir sobre a necessidade do que chamaram de “ajuste fino” no marketing e na comunicação da campanha. Soa cada vez mais frágil a alegação de que o volume de propaganda do governo foi maior se comparado ao programa partidário. O fato é que, ao longo de junho, Serra apostou na propaganda ilegal e foi amplamente exposto nos programas eleitorais que PSDB, PTB e PPS veicularam na TV. “Nosso discurso não é fácil”, conclui, em tom de lamúria, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

Da Redação, com agências

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nem FHC aposta na vitória de Serra

FHC diz ter sérias dúvidas sobre vitória de Serra nas eleições

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) confidenciou a interlocutor de sua mais absoluta confiança recentemente que tem sérias dúvidas sobre a possibilidade de José Serra (PSDB-SP) vencer a eleição presidencial, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada na edição desta quarta-feira da Folha (a íntegra somente para assinantes do UOL e do jornal).

"E olha que estou tentando ajudar", disse o ex-presidente, atualmente em tour pelo exterior --com retorno previsto para o dia 2.

No início de junho, convocada por FHC, a cúpula do PSDB se reuniu em São Paulo para pregar uma correção de rumo da campanha de Serra à Presidência.

O risco de desgaste com a demora na definição da vice é alvo de apreensão do grupo. A falta de diálogo e recentes rompantes de Serra também estiveram em pauta. Todos cobram informações sobre a campanha.

A avaliação foi a de que Serra deveria dedicar mais atenção aos aliados e à montagem de palanques, em vez de desperdiçar energia com a rotina da campanha.

Leia a coluna na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Com críticas ao PSDB, Apolinário anuncia apoio a Mercadante

Líder democrata na Câmara de São Paulo não poupa elogios a Lula e ataca 'desrespeito' de tucanos na aliança com o DEM

André Mascarenhas, do Estadão.com.br

SÃO PAULO - Em um discurso que mesclou elogios ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com críticas indiretas aos 16 anos de administrações tucanas em São Paulo, o líder do DEM na Câmara Municipal de São Paulo, Carlos Apolinário, anunciou na tarde desta segunda-feira, 14, que irá apoiar a candidatura do senador petista Aloizio Mercadante ao governo do Estado. A decisão desrespeita a coligação do DEM com o PSDB no Estado. O partido de Apolinário apresentou o nome de Guilherme Afif Domingos para ser candidato a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin.

Atribuindo sua escolha à falta de demonstração de "respeito" por parte dos tucanos, Apolinário fez críticas indiretas à indefinição na escolha de um candidato a vice na chapa do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. "Eles ainda nem escolheram o vice. Os tucanos não demonstraram respeito ao DEM", disse, numa referência à possibilidade da formação de uma chapa puro-sangue tucana para a sucessão de Lula. Questionado sobre a escolha do democrata Afif Domingos para compor, como vice, a chapa de Alckmin, Apolinário foi incisivo: "O Afif tinha capacidade para ser candidato a governador. Como não foi, fico com o Mercadante", alfinetou.

Apolinário disse não ter comunicado sua decisão ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que acumula o cargo de presidente do DEM no Estado. O vereador foi dúbio ao responder se a manobra escancarava um conflito dentro do partido, e descartou uma relação entre sua dissidência e a eleição à prefeitura de São Paulo em 2008, quando o DEM decidiu não fechar uma aliança com o PSDB para poder lançar Kassab candidato. "Eu não acho que haja um conflito, mas também não perguntei (a opinião do partido). Eu apenas tomei a decisão", afirmou. Segundo o democrata, seu apoio a Mercadante abre a porteira para que outros políticos do partido façam o mesmo.

Elogios a Lula

Embora o DEM faça oposição a Lula no plano federal, o democrata não poupou elogios ao presidente. Disse não ter votado nele em 2002, mas admitiu ter apoiado Lula a partir de 2006. "Se tivesse terceiro mandato, eu votaria nele", brincou. "Os petistas sabem que eu vivo dizendo o quanto eu estimo e respeito o presidente."

Sem citar nomes, Apolinário fez críticas aos governos do PSDB no Estado, e em especial a Alckmin. "O Estado de São Paulo não está precisando de um gerente. Está precisando de um governador que tenha capacidade administrativa, mas que também tenha vontade política de mudar o Estado", disse. O vereador também criticou os políticos "que se preocupam apenas em pagar as dívidas aos bancos".

O vereador paulista discursou ao lado de um sorridente Mercadante, que comemorou o "significado muito especial" da aliança e não deixou de demonstrar interesse na capacidade de Apolinário, um pastor evangélico, de carregar os votos dos religiosos para a sua chapa. "É uma liderança de peso, que tem histórica, uma liderança extremamente reconhecida no mundo evangélico", disse o senador na abertura de sua fala.

O petista, que nas pesquisas aparece atrás do tucano, aproveitou para demonstrar confiança na capacidade de derrotar Alckmin no Estado, e disse que ela reflete a insatisfação de políticos paulistas com as administrações tucanas. "A fala de Apolinário é majoritária", disse.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PSB decide apoiar Anastasia em MG e reforça movimento pelo voto "Dilmasia"

O PSB mineiro decidiu que vai apoiar o governador de Minas Gerais e candidato à reeleição pelo PSDB para o governo, Antonio Anastasia.

O anúncio será feito nesta quinta-feira (17) em encontro com o ex-governador Aécio Neves e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governo mineiro, onde Anastasia receberá a cúpula do partido.

A decisão da legenda configura o cenário identificado como “Dilmasia”, no qual a sigla vai apoiar o tucano na eleição local e a candidata do PT à sucessão presidencial, a ex-ministra Dilma Rousseff.

Principal estrela do partido, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), ainda balançava sobre quem apoiaria nesta eleição. A decisão foi tomada após a escolha de Hélio Costa para encabeçar a chapa da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em detrimento do ex-prefeito Fernando Pimentel, que havia apoiado Lacerda na eleição municipal de 2008.

“Com certeza o prefeito Marcio Lacerda teve uma participação decisiva”, disse o deputado estadual Wander Borges, presidente estadual da legenda. A formalização será feita no dia 27 deste mês, quando ocorrerá a convenção. “Nós vamos levar essa formulação para ser referendada na nossa convenção”, afirmou o dirigente. A coligação na eleição proporcional ainda não foi fechada. O partido faz parte do arco de alianças que apoiam o governo tucano no Estado.

Nos bastidores, o PSB vai apoiar o ex-prefeito Fernando Pimentel na disputa de uma cadeira para o Senado. A imposição da direção nacional do PT em favor de Hélio Costa foi considerada uma "intervenção branca" e tida como “draconiana” por um dirigente da cúpula socialista. Recentemente, o PR havia anunciado a coligação proporcional com os tucanos em Minas, com indicativo para a aliança majoritária (governador).

O PRB, partido do vice-presidente José Alencar, foi outra legenda que anunciou "noivado” com a candidatura de Anastasia, mesmo que no plano nacional marche com a petista Dilma Rousseff. A decisão final terá a participação de Alencar. Nesses dois casos, pesa a eleição de deputados, já que o PT seria um grande "puxador de votos" para os demais partidos.

Apadrinhado político

Marcio Lacerda foi centro de polêmica na eleição municipal de 2008, quando foi protagonista de aliança entre Aécio Neves, então governador do Estado, e Fernando Pimentel, petista que comandava a Prefeitura de Belo Horizonte.

O PSDB apoiou informalmente Lacerda, enquanto o PT firmou coligação com o PSB. A vitória do socialista, que era secretário de Estado do governo de Aécio, retirou o PT do comando da capital, cuja administração durou 16 anos.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Insatisfeito com Serra, DEM começa a se desgrudar de tucanos

A provável adesão do DEM à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT) no Pará, e o apoio declarado do líder do partido na Câmara paulistana, vereador Carlos Apolinário (DEM) ao candidato a governador de São Paulo, senador Aloizio Mercadante (PT e aliados) evidenciam o crescimento da crise vivida pelos demos e pelas candidaturas tucanas de José Serra-presidente / Geraldo Alckmin-governador.

A dissidência do DEM só se amplia em São Paulo desde que há duas semanas Mercadante tomou café da manhã com 13 vereadores paulistanos, entre os quais outros integrantes de legendas que oficialmente apoiam Serra-Alckmin mas seus vereadores aderiram ao candidato a governador pelo PT.

Serra vê assim desmilinguir-se seu principal aliado, o DEM, num momento em que está cercado de crises por todos os lados: permanece em queda contínua nas pesquisas eleitorais há um ano e meio; Alckmin, principal candidato a governador por seu partido no maior colégio eleitoral do país tem sido acusado de fazer corpo mole e se negar a entrar em sua campanha; além do fato de que até agora não tem vice e o DEM não aceita abrir mão da vaga para um tucano ou tucana.

As candidaturas Serra-Alckmin tem problemas ainda mais acentuados em São Paulo onde enfrentam: divisões dentro do PSDB; apoio apenas formal do prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM) a Alckmin; e crise com o PTB pela exclusão de Romeu Tuma da chapa para o Senado e da coligação que apoia Alckmin.

Indefinição amplia encrenca

A falta de um nome para ser o vice na chapa do PSDB e a relutância em escolher alguém do DEM para o posto estão tornando o atual momentoi da candidatura Serra bastante difícil, bem ao contrário do que previam os analistas que, no mês passado, profetizaram que se maio tinha sido o mês bom de Dilma, junho seria o mês bom de Serra.

Serra teria comentado com pessoas de seu círculo mais próximo que não vê nos quadros do DEM nenhum nome que possa somar com a sua candidatura. Setores do partido de direita, no entanto, cobram do aliado paulista o cumprimento do acordo que lhe assegurou a parcela de 40% do tempo de TV para os programas da campanha eleitoral.

O único nome passível de aceitação por parte do DEM, segundo interlocutores de ambas as legendas, seria o do ex-governador Aécio Neves, que já declinou do convite, sugerindo que o senador Tasso Jeireissati ocupasse a vaga. Tasso, por sua vez, também não aceitou a missão por considerar que não tem "o perfil do Marco Maciel (vice-presidente nos dois mandatos de FHC)", em referência ao seu temperamento difícil e conturbado. À exceção de Aécio, qualquer outro nome poderá significar o rompimento do acordo com os democratas, segundo dirigentes da legenda ouvidos pelo site Correio do Brasil.

Serra tem sido taxado, dentro do próprio partido, como centralizador e dono de um humor irascível, fato que o levou a desmentir a versão de mau humorado em seu discurso de lançamento da campanha eleitoral, durante o qual pediu a confirmação ao senador Jereissati, ex-desafeto político nas últimas eleições presidenciais, há quatro anos, e considerado ainda mais irritadiço. Também o acusam de se manter longe da máquina partidária e a decidir a agenda de viagens sem consultar as bases da legenda.

Não têm sido poucas as reclamações, em público, de integrantes do DEM contra a indecisão tucana. Um dos dirigentes do partido aliado aos tucanos disse a um jornalista, na segunda-feira, que já teria "mandado o Serra para os infernos" se o partido tivesse a menor chance de lançar um candidato ao cargo majoritário do Executivo. Setores da direção partidária do DEM, no entanto, ainda tentam negociar as condições para que a legenda se mantenha ao lado dos tucanos, em condições menos desvantajosas do que aquelas apresentadas, até agora, pela direção da campanha serrista.

Um dos bombeiros tem sido o senador José Agripino Maia, líder do DEM no Senado. Ele defende a idéia de que um vice tucano para José Serra não seria um mau negócio, desde que ficassem acordadas as vantagens do partido no caso de vitória da coligação, nas urnas, em outubro. Já o presidente da legenda, Rodrigo Maia, e o senador ultraconservador Jorge Bornhausen, no entanto, têm buscado nomes para indicar ao posto, que querem ver ocupados por alguém do partido, o quanto antes. Filho de César Maia, ex-prefeito do Rio e líder da extrema-direita brasileira, Rodrigo não nutre a admiração que Serra desejaria de um aliado. Ele era cabo eleitoral de Aécio para o posto hoje ocupado pelo tucano paulista.

Enquanto isso, o tempo para Serra decidir quem será o seu vice se afunila. A convenção nacional do DEM está marcada para o próximo dia 27. No edital de convocação está a aprovação da aliança com o PSDB e a homologação do candidato a vice-presidente na chapa que concorrerá à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se não houver a escolha deste nome, os convencionais do DEM não terão o que votar, assegurou um dos dirigentes do partido. Sem votação não há aliança e, sem aliança, a direita terá registrado o maior golpe desde as eleições diretas para o cargo que, hoje, vêem ficando cada vez mais distante.

Com informações do Correio do Brasil e blog do Dirceu

Ana Hickmann diz não para Serra

O PSDB bem que tentou, mas a apresentadora Ana Hickmann declinou do convite de ser, novamente, mestre de cerimônias de um evento do partido -desta vez, da convenção que sacramentou José Serra como candidato à Presidência, no sábado, em Salvador.

Em abril, Ana apresentou, em Brasília, a pré-campanha de Serra. Recebeu um pedido da TV Record, em que trabalha, para tomar "cuidado" com eventos políticos. E decidiu que não participará mais de nenhum. Mônica Bergamo

FONTE: osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/

terça-feira, 15 de junho de 2010

Revista tucana mostra o 'homem-bomba' do PSDB em SP

Por Fernando Mello e Marina Dias

Como diretor de Engenharia do Dersa, Paulo Vieira de Souza, também conhecido pelo apelido de Paulo Preto, foi responsável pelas grandes obras viárias do governo de São Paulo nos últimos três anos. Seu trabalho lhe rendeu, em dezembro de 2009, o prêmio de profissional do ano do Instituto de Engenharia de São Paulo. Em 1º de abril deste ano, ele festejou a inauguração do trecho sul do Rodoanel. Oito dias depois, no entanto, foi demitido de seu cargo. A decisão da cúpula da Dersa foi unânime. A nota no Diário Oficial, publicada no dia 21 de abril, não informa a causa da exoneração – e a assessoria de imprensa da empresa afirma apenas que foi uma "decisão de governo". Mas razões extra-oficiais não faltam. Vieira de Souza aparece em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Pelo menos quatro desses documentos, obtidos com exclusividade por VEJA.com, trazem indícios de que o engenheiro era destinatário de propinas da construtora. Um dos papéis mostra quatro pagamentos mensais de 416.500 reais, com data inicial de 20 de dezembro de 2007. A Castelo de Areia foi suspensa, em janeiro deste ano, por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vieira de Souza, estranhamente, não foi indiciado na primeira fase da operação, e talvez nunca venha a ser. Mas, em ano eleitoral, tornou-se um "homem-bomba".

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Ele tem estreitas ligações políticas e pessoais com Aloysio Nunes Ferreira Filho, ex-secretário da Casa Civil de São Paulo e candidato do PSDB-SP ao Senado. Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu "interlocutor" junto ao empresariado. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento. A filha do engenheiro, a advogada Priscila Arana de Souza, e sua mãe, Ruth de Souza, fizeram um empréstimo de 300.000 reais ao tucano — dos quais a advogada arcou com 250.000 reais, conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo em dezembro. "A filha dele me emprestou um dinheiro para eu comprar um imóvel, pois eu queria fechar negócio e não podia esperar sair o financiamento do banco. Paguei à Priscila no ano passado mesmo, em três ou quatro prestações. Tenho meus cheques todos registrados. Está tudo correto e documentado", diz Aloysio. A assessoria do ex-secretário enviou uma relação de seis cheques de três bancos diferentes, relacionados ao pagamento da dívida. Cinco deles são de 2008: dois no valor de 50.000 reais, um no valor de 60.000 reais, um de 81.000 reais e o último, de 19.000 reais. Há também um cheque de 50.000 reais de maio de 2009.

Na versão de Aloysio, a demissão do amigo Vieira de Souza até parece voluntária. "Ele pretendia deixar o governo após a inauguração do Rodoanel", diz. "Foi inaugurado e ele saiu." Souza é mais duro ao falar do assunto. Atribui a demissão a atritos causados pelo seu estilo de trabalho, de dura cobrança de prazos. "Sempre disse que o Rodoanel tinha dia e hora para acabar. E isso incomoda", afirma. "Mas não importa. O Brasil inteiro sabe que o protagonista do Rodoanel fui eu. Não faz diferença se estou dentro ou fora do governo." O engenheiro rebate a tese de que sua exoneração poderia estar ligada às investigações sobre a Camargo Corrêa. "Não tem nada contra mim na Operação", diz ele.

Vieira de Souza tem razão em relação ao relatório final da PF. Seu nome tem uma única menção breve no documento, e ele não faz parte do rol dos indiciados. No relatório de inteligência, que serviu de base para o inquérito, a história é outra. É lá que estão reproduzidos os papeis que sugerem que ele recebeu propina da construtora. As obras do Rodoanel apareciam nas anotações com a sigla ARO, decifrada com informações retiradas do computador da secretária pessoal de Pietro Bianchi, diretor da Camargo, empresa que cuidou do lote 4 do trecho Sul, orçado em 500 milhões de reais. Esse mesmo relatório de inteligência traz dezenas de menções a políticos dos mais diferentes partidos. Há inclusive uma extensa lista de doações eleitorais registradas como "sem recibo" – uma forma oblíqua de definir o caixa dois.

A Operação Castelo de Areia foi deflagrada em março de 2009. A informação de que a investigação tinha potencial para abalar as carreiras de diversos políticos e administradores públicos veio à tona logo em seguida. A PF afirmou que trataria desses assuntos em um momento posterior. Passaram-se nove meses, nada aconteceu e a operação foi suspensa pela Justiça, quase como num passe de mágica. O fato de que os indícios coletados pela PF não ganhem consequências práticas é pernicioso. Ao contrário do que Vieira de Souza diz, existe, sim, material contra ele nos arquivos da PF. Material suficiente para que o Ministério Público Federal em São Paulo considerasse necessária uma investigação mais aprofundada sobre ele. Mas a questão não é apenas punir aqueles que merecerem castigo. Quando informações desse tipo ficam no limbo, caso daquelas que constam dos relatórios de inteligência da PF e sem mais nem menos desaparecem dos relatórios finais que embasam a abertura de inquéritos, cria-se espaço para que entrem em campo os fabricadores de dossiês — um tipo de fauna que insiste em reaparecer das trevas em anos eleitorais.


FONTE: Veja.com

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Líder do DEM em São Paulo vira as costas para Alckmin e anuncia apoio a Mercadante

O vereador Apolinário é o segundo membro do partido que discorda do apoio ao tucano

O vereador Carlos Apolinário, líder do DEM na Câmara Municipal de São Paulo, vai declarar apoio ao pré-candidato do PT ao governo do Estado, senador Aloizio Mercadante, nesta segunda-feira (14).

Apolinário é o segundo líder na região que vira as costas para o adversário de Mercadante, Geraldo Alckmin, pré-candidato ao governo pelo PSDB. O vereador Milton Leite (DEM) fez o anúncio no fim de maio.

O DEM fecha com o PSDB, apoia José Serra, candidato tucano à Presidência, e Alckmin, mas o partido começa a mostrar suas dissidências. Em 2008, o PSDB e DEM romperam em São Paulo quando o tucano resolveu se lançar candidato à Prefeitura e concorreu com Gilberto Kassab, que saiu vitorioso.

FONTE: Noticias R7


Sem vice, DEM ameaça deixar aliança tucana

O tucano José Serra mal acabara de discursar quando começou a ser desmontado o palanque armado no Clube Espanhol, local da convenção para homologar o candidato do PSDB a Presidência da República. Havia pressa. Dos militantes, para pegar os ônibus de volta a seus municípios, dos convencionais em fechar a conta nos hotéis, e do Democratas em abrir uma discussão até então represada: a indicação do candidato a vice na chapa de Serra. O partido ameaça não formalizar a aliança entre as duas siglas, até o fim do mês, se o escolhido não for um nome do DEM.

Pano de fundo da convenção tucana para homologar a candidatura tucana, a discussão sobre o nome do vice ameaça o futuro da própria oposição. O DEM já reconhece que não tem condições de ficar mais quatro anos na oposição e vê como inevitável a adesão de alguns de seus principais líderes ao vitorioso, em caso de nova derrota de Serra. Na hipótese de vitória, a discussão ameaça a relação entre as duas siglas, no governo.

Em relação à pré-convenção de fevereiro, Serra perdeu substância nas pesquisas: chegou à convenção empatado com a candidata do PT, Dilma Rousseff. Talvez por isso tenha aumentado o tom das críticas ao governo, mas a reação da plateia foi mais fria que a dos militantes e convidados do partido que fizeram o lançamento da pré-candidatura, em fevereiro (PSDB, DEM e PPS). O formato deu à campanha imagens limpas para o programa de televisão. O custo foi uma convenção sem emoção.

A discussão sobre o vice de Serra ficou congelada à espera de uma decisão do ex-governador mineiro Aécio Neves. Sem Aécio, o DEM só vê justificativa para a indicação de um nome não demista se ele for de um partido que possa contribuir com mais tempo de televisão para Serra. Este seria o caso do PP, atualmente mais inclinado a ficar "solto".

Para deixar claro que não se trata de blefe, o deputado Rodrigo Maia, presidente do Democratas, já redigiu o edital de convocação da convenção democrata. Tem dois itens: aprovar a coligação com o candidato a presidente do PSDB, José Serra, e indicar o nome do candidato a vice-presidente da chapa tucana. O DEM já avisou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que Serra pode escolher quem quiser.

O DEM considera que seria uma "humilhação" o veto ao partido, sem uma "argumentação lógica": alguém que some eleitoralmente. O Valor apurou, no entanto, que a extensão da represália demista divide a sigla: ACM Neto (BA), por exemplo, acha que o DEM não deve radicalizar para ter o direito de indicar o vice. Maia e o ex-presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), estão na posição contrária. A decisão será de Serra. A expectativa é de uma solução até dia 20.

O deputado José Carlos Aleluia (BA) e a candidata ao Senado pelo Pará, Valéria Pires Franco, são dois nomes considerados no DEM, além do líder José Agripino (RN). As dificuldades dos tucanos se localizam no próprio Serra, que não mostra entusiasmo com um demista na chapa, e do partido, que precisa da vaga para acomodar questões que julga mais urgentes. Uma hipótese é a indicação do senador Álvaro Dias (SC), numa tentativa de desmontar a candidatura de Osmar Dias, irmão de Álvaro, ao governo do Estado pelo PDT com o apoio do PT. O Dias pedetista poderia até apoiar Serra.

Os arranjos eleitorais do PSDB também se revelaram vulneráveis e atrasados, segundo avaliação de convencionais e convidados do PSDB. Em parte, porque Serra demorou para confirmar que era candidato, mas também porque o PSDB privilegia seus interesses nos Estados, ao contrário do que o presidente Lula da Silva, por exemplo, fez com o PT em relação ao PMDB. O caso paranaense é típico: bastaria que o PSDB apoiasse Osmar e desistisse da candidatura própria de Beto Richa para conseguir montar um palanque forte no Estado.

"O vice, eu já tenho. Agora quero resolver o problema de Santa Catarina, Pará, Goiás....", dizia o presidente do DEM, Rodrigo Maia, à saída da convenção. Apesar da ameaça de não formalizar a coligação, o mais provável é que, se o vice não for demista, não haja rompimento da aliança nacional. "Mas isso causará um mal estar desnecessário e será uma humilhação para um aliado que sempre foi fiel", segundo avaliação feita na cúpula demista. O assunto será discutido em reunião da Executiva Nacional amanhã ou depois. "A confusão vai começar", diz um dirigente.

Há demandas entre PSDB e DEM em vários Estados. No Pará, onde os dois partidos já governaram juntos, as siglas não conseguem conciliar seus interesses. Valéria, bem posicionada nas pesquisas, é a candidata do DEM, posto do qual não abre mão o senador Flexa Ribeiro. Em Goiás o DEM está dividido, com a direção demista local contrária ao apoio à candidatura favorita de Marconi Perillo (PSDB). No Rio Grande do Sul, o DEM está brigado com a governadora Yeda Crusius (PSDB).

A falta de empolgação na convenção reflete a sensação que toma conta dos aliados. Há queixa da centralização da campanha por Serra. Ninguém conhece a estratégia da candidatura ou as diretrizes do programa de governo. A agenda do candidato é um mistério. As decisões são tomadas por ele às vezes na última hora. Não há interlocutores com autoridade para tomar decisões em nome dele.

Na avaliação da tropa, a campanha está repetindo erros que levaram à derrota de Serra em 2002 e de Alckmin em 2006. Há desatenção com os aliados nos Estados. Falta pulso para dirimir confrontos entre os parceiros nos Estados. Serra é apontado como alguém que "só se preocupa com o macro", sem levar em conta que campanha é feita de contatos, afagos, conversas.Por.Raymundo Costa

sábado, 12 de junho de 2010

Eles trabalham para os tucanos mas votam na Dilma

Alana Rizzo - Denise Rothenburg

Se em 2002 o clima de Copa do Mundo era a principal inspiração dos organizadores da convenção do PSDB que lançou José Serra à Presidência da República, este ano a “alma” nordestina deve prevalecer. O encontro hoje será no tradicional Clube Espanhol, no início da Baía de Todos os Santos, próximo ao Farol da Barra, um dos principais cartões-postais da capital baiana. Dois bonecos caboclos, vestidos de chita, irão receber os mais de 2 mil convidados previstos. O local foi escolhido às pressas, mas agradou aos organizadores. À beira-mar, o visual chama a atenção para aquilo que os baianos têm: mar azul, coqueiros... Já o sol não parece muito disposto a surgir. Nos últimos dias, o clima é instável, semelhante ao da política.

Os tucanos escolheram fazer a convenção no quarto maior colégio eleitoral do país para fortalecer o nome de Serra na região em que os índices de popularidade de Lula batem nas nuvens. Entre os trabalhadores do local, a estratégia tucana parece não ter dado certo. “Fico com Lula sempre”, diz Ângela Maria, 27 anos. Ela e três amigas foram escaladas para pintar as grades de segurança do evento. Desde segunda-feira, o quarteto trabalha das 8h às 18h. Recebem diária de R$ 20. “Não tem emprego. O que salva é o Bolsa Família, e isso quem dá é só o Lula. Estamos com ele de qualquer jeito”, comenta Cristiana Lima, que tem um filho de 8 anos e conta com o programa social para colocar “comida na mesa”.

As quatro não conhecem José Serra e não vão participar da festa de hoje. “Até pedimos para trabalhar depois na limpeza para ganhar um dinheiro a mais. Não teve jeito”, reclama Maria. Dilma? Para elas, “é a mulher do Lula”. Elas estão dispostas a colocar uma mulher na Presidência. Marina? Não conhecem. “Como gosto do Lula e parece que ele não pode ser presidente de novo, vou mesmo é na Dilma, aquela do cabelo...”, conta Ângela. Recentemente, a ex-ministra da Casa Civil, candidata do PT ao Planalto, rendeu-se ao cabeleireiro das estrelas, Celso Kamura, para dar um jeito nas madeixas. O novo corte e o tom mais claro ainda não agrada a todos.

Os 15 homens que trabalharam durante 10 dias na montagem da estrutura de 60 metros que irá proteger o tucanato do sol e da chuva também não escondem a simpatia por Lula. “Ele fez muito pela gente, né?”, afirma um jovem de 24 anos. Tímido, prefere não dizer o nome. Tem medo de que possa prejudicar no trabalho. “É que aqui todo mundo torce para o Serra.” Hoje, vão passar longe do clube. Devem-se concentrar nos jogos da Copa.

Queda e Bíblia

Durante a montagem da estrutura da convenção do PSDB, um funcionário caiu de uma altura de quase cinco metros. Ele não usava o cinto de segurança. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foi acionado e ele passa bem. Para evitar outro revés, esse de ordem mais prática, os tucanos garantem que negociaram para que a Marcha para Jesus não atrapalhe a festa. O ato deve reunir um milhão de pessoas, ao som de 14 trios. Os horários, segundo os organizadores, não batem. Quando a convenção acabar, os fiéis estarão entrando no circuito Barra-Ondina.

FONTE: Correio Braziliense

quinta-feira, 10 de junho de 2010

DEM libera aliança com PT nas eleições do Pará

Do Blog do Fernando Rodrigues

Mais um indício da salada ideológica entre os 27 partidos políticos brasileiros: a Executiva Nacional do DEM autorizou sua seção do Pará a firmar aliança com o PT na eleição estadual –eventualmente apoiando a reeleição da governadora Ana Julia Carepa. A decisão foi tomada ontem (8.jun.2010). Trata-se de uma exceção à determinação do partido de proibir qualquer coligação com os petistas em todo o Brasil.

A decisão do DEM oferece uma alternativa para que sua pré-candidata ao Senado, Valéria Pires Franco, consiga se manter na disputa. A saída mais coerente para ela seria entrar na chapa do PSDB, que lança Simão Jatene ao governo. Mas os tucanos só aceitam Valéria como candidata a vice-governadora, contrariando os interesses do Democratas. Aqui, as pesquisas do Pará sobre as eleições para o governo e para as vagas ao Senado.

A saída de Valéria da disputa ao Senado é desejada pelo deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), que também concorre ao cargo de senador. Sem o DEM na disputa, Jader espera ter o apoio do PSDB (que ainda não declarou apoio a nenhum candidato ao Senado) e do PT (que já aceitou lançar Paulo Rocha para o Senado ao lado do peemedebista).

Pesquisa feita pelo Ibope de 26 a 28.jun.2010 mostra que Jader tem 56% das intenções de voto. Valéria aparece com 45%. Eles seriam os 2 senadores eleitos se as eleições fossem hoje. Mas Paulo Rocha (PT) está em 3°, com 20%, e tende a crescer se Valeria ficar fora da coligação formal com o PSDB.

Procurada pelo blog, Valéria disse preferir disputar a eleição na chapa do PSDB, mas que a insistência dos tucanos em tirá-la do Senado e a exceção aberta pelo DEM tornam real a possibilidade de negociar com o PT. “Cada um está olhando seu lado, mas não podemos atender somente aos interesses do PSDB”, declarou Valéria.

FONTE: UOL

terça-feira, 8 de junho de 2010

Bancada baiana do DEM se rebela e ameaça não apoiar Serra

DAVI LEMOS
Direto de Salvador

A bancada do DEM na Assembleia Legislativa da Bahia ameaça não apoiar o pré-candidato à presidência da República José Serra (PSDB) caso não seja firmada a coligação nas proporcionais ao menos para o parlamento baiano.

Uma carta será enviada pelos 12 parlamentares do DEM ao ex-governador paulista a fim de dar um final feliz à situação. A interlocutora dos deputados, que contam ainda com o apoio do deputado estadual João Carlos Bacelar, do PTN, é a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), com quem o deputado estadual Carlos Gaban (DEM) disse ter mantido contado na noite de segunda-feira (7).

"Conversei ontem à noite com a senadora, a pedido de meus colegas de bancada, e ela ficou de nos dar uma resposta ainda nesta terça-feira (8)", disse Gaban.

Segundo Gaban, os deputados estaduais do DEM não pedirão votos para José Serra na Bahia, caso o acordo em torno das proporcionais não seja fechado nos moldes que desejam. "Somos 13 deputados contra apenas um deputado do PSDB que é contrário à coligação. Se nos coligarmos - DEM, PSDB e PTN - teremos condições de reeleger todos os nossos candidatos", projetou Gaban.
O não fechamento de um acordo - que não vincula a coligação para a Câmara Federal - pode causar ainda mais uma baixa para os tucanos. Caso não coligue nas proporcionais com os tucanos, o que inviabilizaria a eleição de um nome do partido para a Assembleia baiana, o PTN indica coligar na chapa de Geddel Vieira Lima, do PMDB. "Essa posição poderá fazer com que os tucanos percam o apoio de mais um partido, o PTN", confirmou Gaban.

O presidente do DEM na Bahia e candidato ao governo, Paulo Souto, não comentou o impasse. Através da assessoria, indicou que a reportagem do Terra conversasse com o deputado estadual Heraldo Rocha. O líder do DEM na Assembleia, entretanto, reiterou todas as posições de seu colega de partido, Carlos Gaban. "Há uma insatisfação natural, mas torço que esta coligação seja concretizada, que as coisas aconteçam", comentou Rocha.

Solução

O deputado Sérgio Passos, único representante tucano na Assembleia Legislativa, afirmou que a posição do PSDB é de não coligar. "Entre os nomes do partido que vão disputar as eleições, 100% não quer coligar. Não é só com o DEM. Não queremos coligar com partido nenhum", esclareceu. Ele disse que a estratégia do PSDB baiano já estava montada. "Outros partidos também montaram suas estratégias. Se com o imponderável da política apareceram dificuldades, nós não somos a solução", alfinetou.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Itamar detona Serra e FHC em entrevista

Vejam trechos da longa entrevista:

“Da mesma forma cortei, pela raiz, o projeto da equipe econômica, de privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica”

“o SUS começou a ser implantado pelo médico Carlos Mosconi, presidente do Inamps em seu governo. Hoje – e Itamar usa o advérbio “despudoradamente” – tais êxitos são atribuídos ao governo de seu sucessor.”

“Entrevista: Itamar Franco diz que Plano Real nada tinha de original

“Há uma coisa que aborrece particularmente o ex-presidente: a memória seletiva de alguns homens públicos sobre a sua administração. Ele se refere a pontos importantes, começando pelo Plano Real.

O plano nada tinha de original, baseado que foi no Plano Schacht, da Alemanha dos anos 20, e já um pouco adaptado – sem êxito – pelos argentinos, com o Plano Austral.

Itamar lembra que só o aprovou depois de conferir os seus números, trabalhando várias horas nisso. Como engenheiro, e bom conhecedor de matemática, corrigiu alguns de seus itens, antes de aprová-lo e correr todos os riscos políticos da decisão.

SERRA USURPA DE ITAMAR A AUTORIA DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS (do Blog)

Da mesma forma, Itamar lembra que os medicamentos genéricos foram adotados pelo seu ministro da Saúde, o médico Jamil Haddad, com sua aprovação, apesar da resistência dos laboratórios.

Embora fosse reivindicação de médicos brasileiros, o SUS começou a ser implantado pelo médico Carlos Mosconi, presidente do Inamps em seu governo. Hoje – e Itamar usa o advérbio “despudoradamente” – tais êxitos são atribuídos ao governo de seu sucessor.

– Desde que entrei para a política, em Juiz de Fora, sempre entendi que o Estado existe para impor aos poderosos o respeito aos cidadãos, qualquer que seja a sua posição na sociedade. Mais do que isso, sempre acreditei que o poder político deve buscar a igualdade de todos, diante da lei e das oportunidades da vida. Assim agi quando, por duas vezes, fui prefeito de minha cidade. E só fui atraído para a política porque, como engenheiro do DNOS, tomei conhecimento da vida difícil das populações periféricas.

Até hoje creio que o saneamento básico é uma das principais tarefas do poder público. Na mesma época, juntamente com meu colega Nicolau Kleijorge, dei aulas de matemática e conhecimentos gerais aos trabalhadores de Juiz de Fora.

No Senado, para onde fui eleito pela primeira vez em 1974, naquela memorável manifestação de inconformismo de nosso povo, quando o MDB não era o PMDB de hoje, mantive a mesma postura, a de que o mercado deve estar sob o controle do Estado, servidor da sociedade, e não o contrário.

ITAMAR FOI CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SETOR ENERGÉTICO FEITA POR FHC. (do Blog)

Resisti ao projeto neoliberal que se iniciara no governo Collor, e não concordei com a privatização de setores estratégicos, como os da energia e das telecomunicações.

ITAMAR DENUNCIA: FHC QUERIA PRIVATIZAR O BANCO DO BRASIL E A CAIXA ECONÔMICA ( do Blog)

“Da mesma forma cortei, pela raiz, o projeto da equipe econômica, de privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. “

Outros fatos foram lembrados na conversa, como a redução da dívida pública e a aprovação excepcional de seu governo, de acordo com pesquisas de opinião, alem de seu plano de combate à fome, dirigido por dom Mauro Morelli.

“Aécio, com generosa amizade, citou meu nome”

O ex-presidente lembra a luta que teve, ao assumir o governo de Minas, em 1999, a fim de organizar as finanças do estado. Ao decretar a moratória – uma vez que os presos e os enfermos de alguns hospitais públicos estavam ameaçados de morrer de inanição, por falta de comida – o mundo desabou sobre ele.

Logo depois, coube-lhe resistir, manu militari, à anunciada privatização de Furnas, situada em território mineiro. Isso sem falar na Cemig.

– Não quero lembrar os nomes dos responsáveis, mas estávamos reféns, na administração da Cemig, de investidores estrangeiros, que haviam obtido, por alguns 30 dinheiros, o controle operacional da empresa.

A minha resistência e a atuação do governador Aécio Neves nos libertaram desse conluio dissimulado em acordo de acionistas. Nestes últimos 10 anos – dois dos quais sob meu governo – a Cemig valorizou-se em 400%. Ela se tornou, nesse período, a empresa energética de maior sustentabilidade no mundo, de acordo com a Bolsa de Nova York.

Entramos na atualidade política. Itamar diz que sua prioridade é a sucessão em Minas. Não cita o nome, porque não é necessário citá-lo em Minas, mas se declara disposto a lutar para que o governo não seja entregue a alguém não confiável. Pergunto-lhe sobre os rumores de que poderia vir a ocupar a chapa da oposição como candidato à Vice-Presidência:

SERRA ESCURRAÇOU ITAMAR ( do Blog)

– O governador Aécio Neves, com sua generosa amizade, citou meu nome como apto a compor a chapa da oposição. Pertenço, hoje, ao PPS. Sei que se tratou de homenagem a um amigo. Mesmo assim, rejeitaram essa hipótese, como se fosse postulação minha.

ITAMAR LAVA AS MÃOS POR SERRA

Não sou candidato àquele cargo. Não insinuei essa possibilidade, mas a recusa ao meu nome robustece a decisão de agir, no pleito, conforme a minha consciência, sem qualquer constrangimento político. Não é Itamar que deve influir na sucessão. São as razões de Minas que terão de ser respeitadas. E as razões de Minas são as razões do Brasil. Em qualquer lugar do Brasil há “mineiros”, isto é, honrados patriotas, que colocam, acima dos interesses regionais, a soberania do país e o bem-estar de nosso povo.”Mauro Santayana, Jornal do Brasil

Nem os tucanos mineiros aguentam a antipatia do Serra

Base de Aécio vacila em apoiar Serra

De 264 prefeituras de PSDB, PPS e DEM em MG, 79 se disseram neutras, indecisas ou mesmo a favor de Dilma

Gratidão por repasses de Lula e mágoa por ex- governador não ter sido candidato a presidente explicam racha mineiro


"HOMEM SECO"
A hesitação em fazer campanha para Serra se assenta sobre um tripé: gratidão pelos repasses de verbas de Lula, alianças locais com partidos pró-Dilma e mágoa por Aécio não ter sido o candidato a presidente do PSDB.

Alguns criticaram o estilo pessoal do paulista. "A Dilma me abraça. O Serra nem olha para a cara, é um homem seco", afirmou Dinair Isaac (DEM), de Capinópolis.

A prefeita de Carmópolis de Minas, Maria do Carmo Lara (PSDB), se diz indefinida e promete apoiar quem prometer um hospital na cidade. "A gente depende de verba, tem que ser pragmático", concordou Lucas Siqueira (PPS), de Patrocínio.

Alguns disseram que podem pender a Serra se Aécio for vice. "Não basta ser vice, tinha que ser Aécio na cabeça", disse o indeciso Jéferson Miranda (PSDB), de Santo Antônio do Grama.
Só nove dos prefeitos ouvidos ainda não prometem apoio ao governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato de Aécio ao governo mineiro.

Fechado com Anastasia, mas não com Serra, Odilon Oliveira (PSDB), prefeito de Oratório, explica a posição: "O Aécio pediu apoio para Anastasia, mas não fala totalmente que apoia Serra".

FONTE: Folha

Serra está desesperado com o crescimento de Dilma em Minas, reduto tucano

Pré-candidato tucano retorna ao estado para tentar colocar um freio no movimento favorável à petista Dilma Rousseff e ao governador tucano Antonio Anastasia

O pré-candidato à presidência da República José Serra (PSDB), acompanhado do ex-governador Aécio Neves e do governador Antonio Anastasia, retorna a Minas Gerais nesta segunda-feira, quando visitará Montes Claros, onde terá encontro com lideranças regionais. A expectativa é de que a presença de Aécio — que fará sua primeira aparição pública ao lado do ex-governador paulista desde que retornou de viagem ao exterior — sirva de impulso para o engajamento dos prefeitos tanto na campanha de Serra como no trabalho para a reeleição de Anastasia. Mas existe uma ameaça de divisão dos chefes de executivo em relação ao candidato a presidente do PSDB.

A ameaça é representada pela “Dilmasia”, movimento que defende o apoio casado à reeleição do atual governador e à pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. O presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), Valmir Morais (PTB), disse que cerca de 50 a 60 prefeitos deverão participar do encontro com os pré-candidatos tucanos.

Uma boa parte dos prefeitos norte-mineiros deverá apoiar Anastasia para governador e Dilma, para presidente da República. A observação é do prefeito de Salinas, José Prates (PTB), um dos cabeças da “Dilmasia”. Seria algo semelhante ao “Lulécio”, liderado pelo próprio José Prates em 2006, quando uma frente de prefeitos apoiou as reeleições de Aécio Neves para o governo de Minas e de Luiz Inácio Lula da Silva para o Palácio do Planalto. Prates disse saber que um número expressivo de prefeitos, `no estado inteiro, incluindo filiados ao PSDB e ao PT”, vão apoiar Dilma e Anastasia, mas não revela quem seriam eles. “Não posso falar os nomes porque não sou porta-voz deles”, justificou.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Kátia Abreu diz que não quer ser vice de Serra

Cotada para a vaga, senadora do DEM afirma que está "muito bem" como presidente da CNA

Cotada para ocupar a vaga de vice de José Serra (PSDB), a senadora Kátia Abreu (DEM) afirmou nesta terça-feira (1º) que “não tem intenção” de compor a chapa com o tucano. Presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Kátia disse no Twitter que está bem no cargo e não pretende deixar a entidade.

“A imprensa menciona meu nome pra vice do Serra. Não tenho intenção. Estou muito bem na CNA. Meu projeto só começou. Voto no Serra.”

Apesar de negar a intenção de ser vice, a senadora declarou voto no tucano. A possibilidade de Kátia ser vice de Serra surgiu após as várias recusas do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves de aceitar o posto. Além de Aécio e Kátia, o presidente do PP, senador Francisco Dornelles, também foi cotado para disputar a Presidência ao lado de Serra.

Na segunda-feira (31), o pré-candidato tucano negou que esteja “angustiado” para definir o nome de seu vice. A convenção do partido acontece no próximo dia 12 e a intenção dos aliados do tucano é apresentar um nome até esta data.

- Não vou falar mais sobre isso. Tudo o que eu falo gera especulação, não tem problema, vai ter uma boa definição.

Caso o PSDB não encontre rapidamente um nome, o DEM, partido que integra a aliança de Serra, deve ter a preferência na indicação.

Segundo Serra, ele próprio está tranquilo com relação à escolha e evitou fixar prazos para que ela ocorra, dando a entender que o dia 12 não é um prazo fatal para sua campanha nesta questão.

- Existe uma angústia do vice muito grande por parte da imprensa, eu pessoalmente, que sou o maior interessado, não estou angustiado. Vamos dar uma boa solução.

FONTE: R7 Noticias

Professora aposentada dos tucanos desabafa: regime é de opressão

Aposentadoria na Educação, término de uma Carreira, início de um Descaso!!!

Sou Professora do Estado de São Paulo, aposentada, lecionei 38 anos ingressando na carreira no final da década de 40 no ensino fundamental e como não poderia deixar de ser já naquela época eram muitas as dificuldades para o exercício da profissão em condições muito precárias mas minha missão era alfabetizar, formar cidadãos, ajudar a construir um País melhor.

Pois bem, aqui em São Paulo vivemos há mais de uma década sob a administração do Partido do PSDB, partido este que até mesmo pelo histórico de seus integrantes e lideres, é de luta social e como não poderia deixar de ser a Educação deveria ser uma de suas prioridades, mas infelizmente não é o que esta acontecendo o que me causa uma grande frustração, com uma política de total opressão, indigna, chegando aos limites da crueldade, situação esta nem mesmo sendo vista nos auges tempos da Ditadura Militar, foi tirado do professor sua Política Salarial.

Hoje um professor recebe Bônus, ao invés de reajuste salarial, e com isso os aposentados ficam excluídos não recebendo nenhum tipo de reajuste há pelo menos 12 anos. E pior, o Governo ainda se vangloria desta situação. Mas ao contrário do que o Estado deseja, aposentadoria não é sinônimo de morte e como qualquer outro trabalhador da ativa precisamos viver, consumimos água, energia, alimentos, remédios, moradia e etc… E estes produtos são reajustados também para o aposentado da Educação. É esta a política do PSDB para a Educação e seus profissionais que tanto se dedicaram para formar cidadãos???

É esta a política do PSDB para o aposentado?

A Política da exclusão social e desumana através do achatamento salarial?

Ao recorrermos á Justiça que reconhece nossos direitos, inquestionável, vira precatório e nada muda. A carreira do magistério que antes era uma profissão reconhecida e respeitada passa a ser um trabalho temporário, “um bico”, pois afinal qual profissional capacitado que investe na sua formação e se preocupa com seu futuro, irá ingressar em uma carreira que oferece um final tão triste?

Este é um desabafo de um Profissional da Educação que a cada dia vem perdendo seu poder aquisitivo, mas, ainda não perdeu o poder da palavra! Que Deus nos abençoe!

Georgina Nogueira Pacheco Costa (Professora do Estado de São Paulo, Aposentada)

FONTE: conversaafiada.com.br