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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PMDB-SP abandonam para José Serra e declaram apoio a Dilma

Com a desistência de Quércia, bancada aliada ao PSDB na disputa estadual anuncia voto presidencial no PT.Parlamentares do PMDB paulista, que se aliaram ao PSDB no Estado, assinaram ontem manifesto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência e a Michel Temer (PMDB) para Vice. O documento conta com assinaturas de três dos quatro deputados estaduais -Jorge Caruso, Baleia Rossi e Uebe Rezeck - e do único federal além de Temer, Francisco Rossi.

Segundo o deputado estadual Jorge Caruso, vice-presidente do PMDB de São Paulo e um dos que subscrevem o apoio a Dilma, a bancada paulista ainda não tinha se manifestado oficialmente sobre a disputa nacional.

"O (Orestes) Quércia deu orientação no sentido de apoiarmos o (José) Serra, mas sempre defendemos as coligações oficiais do PMDB, em São Paulo com Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloysio Nunes (PSDB), e a nacional com Michel Temer", explicou Caruso. "Não poderíamos ir contra uma decisão da Executiva Nacional do PMDB", justificou o deputado, referindo-se à decisão nacional do partido de se coligar com o PT e Dilma.

A manifestação da bancada estadual ocorre semanas após o mentor da aliança com o PSDB e presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, ter se ausentado da disputa eleitoral ao Senado por motivos de saúde. Quércia renunciou à candidatura para submeter-se a tratamento de câncer de próstata.

Os parlamentares paulistas afirmam que Orestes Quércia "sempre respeitou as posições individuais". "O Quércia sabe a postura de cada um e também está ciente da questão nacional", reiterou Jorge Caruso.

"Tendo em vista os últimos acontecimentos, ocorridos com o nosso companheiro Orestes Quércia, (...) que teve importante participação histórica no longo processo de redemocratização do país, as bancadas federal e paulista do nosso partido (...) decidem manifestar seus apoios políticos à chapa Dilma/Michel Temer", diz o documento assinado pelos parlamentares paulistas.

Nele, o deputado Michel Temer é citado como "o grande condutor nacional do PMDB".

Vanessa Damo, única deputada estadual que não assinou o manifesto, alegou a dirigentes do PMDB nacional que apoiará Dilma Rousseff, mas optou por não explicitar a decisão em função de rivalidade regional com o PT de Mauá.

A posição do PMDB paulista, segundo o coordenador do comitê suprapartidário de Dilma no Estado, Du Altimari, "é um reconhecimento ao trabalho do presidente do partido, Michel Temer". "Isso dá um direcionamento muito importante à campanha no Estado", comemorou. Prefeito de Rio Claro, Altimari afirmou que "a maioria dos prefeitos do PMDB está hoje bem dividida" entre as candidaturas de José Serra e Dilma Rousseff.

Senado. O vice-presidente do PMDB, Jorge Caruso, esclareceu que a Executiva Estadual do partido tomou a decisão de liberar o segundo voto ao Senado.

Com a desistência de Quércia, o PMDB cedeu a vaga e o tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão ao PSDB e apoiou o candidato Aloysio Nunes Ferreira. Porém, para o segundo voto, o PMDB não fará nenhuma indicação. Caruso declarou que votará em Aloysio para a primeira vaga e a Marta Suplicy (PT) para a segunda. Candidato do PSDB ao governo, Geraldo Alckmin, declarou o segundo voto a Romeu Tuma (PTB).
 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Álvaro Dias dá tchau a Serra

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), um dos mais ferrenhos opositores do governo Lula e do PT no Congresso, disse nesta quarta-feira numa entrevista coletiva em Maringá, que vai votar no seu irmão Osmar Dias (PDT), aliado da petista Dilma Rousseff, para o governo do Paraná. "Em memória dos meus pais e como tenho um irmão na disputa meu voto vai para o Osmar", disse ele.

A dubiedade provocada pelos irmãos Dias fez com que o Paraná fosse o último Estado a ter o quadro eleitoral definido. Osmar ameaçou até o último instante não disputar o governo para embarcar na campanha de Serra.

O anúncio causou surpresa maior nas fileiras petistas já que Álvaro Dias foi alvo de ataques recentes de Dilma. Questionada se aceitaria o convite do senador para ir ao Senado esclarecer suas relações com a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Dilma respondeu: "do Álvaro Dias não aceito convite nem para tomar um cafezinho".

FONTE: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/09/alvaro-dias-da-tchau-jose-serra.html

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PSDB de Minas omite Serra dos 'santinhos'

Na reta final da campanha, os "santinhos" dos candidatos começam a aparecer com as chamadas "colas", mas as do PSDB que circulam em Juiz de Fora (MG) não indicam o voto no 45 de José Serra para a Presidência.

A "cola" é a representação da ordem dos candidatos que aparecerá na urna eletrônica.

Na principal cidade da Zona da Mata mineira, a Folha teve acesso a um desses impressos do PSDB. Um milhão de colas foram confeccionadas para o partido. O campo reservado para o candidato à Presidência aparece vazio.

Estão preenchidos apenas os números e nomes do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidatos a senador, e o do governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta se reeleger.

O material também não estampa a foto de Serra. Aparecem as fotos de Aécio e Itamar, ladeados por Anastasia.

PROMESSA

Recentemente, Aécio foi cobrado a ajudar Serra no Estado. O mineiro prometeu colocá-lo no seu programa eleitoral e começou a fazer isso desde a semana passada, apresentando três imagens, mas sem referência a Serra.

Ao longo de toda a campanha, o PSDB-MG vem sendo cobrado a expor a imagem de Serra no material de campanha de Anastasia e Aécio. Mas são poucos os impressos com o presidenciável.

O desempenho de Serra em Minas causou um mal-estar entre Serra e Aécio. Queixando-se de Aécio, o comando da campanha de Serra reduziu o volume de visitas do candidato a Minas. Agora não há previsão de sua presença no Estado na reta final da campanha.

O PSDB mineiro convidou Serra para uma "caminhada da vitória", mas não informou a data. Isso foi recebido pela campanha presidencial como sinal de má vontade.

Aécio, por sua vez, argumenta ao comando do PSDB que a nacionalização da disputa em Minas Gerais põe em risco a eleição de Anastasia.

O PSDB tem alegado que na coligação que apoia a candidatura de Anastasia para o governo e as de Aécio e Itamar para o Senado estão 12 partidos que têm posições distintas no cenário eleitoral nacional. O PDT, PSB e PR, por exemplo, apoiam a petista Dilma Rousseff (PT).

Anteontem, Anastasia repetiu a argumentação dos tucanos mineiros: "Temos uma base política que também apoia nacionalmente a candidata oficial no nível federal [Dilma Rousseff]".

O governador e candidato à reeleição acrescentou: "Continuamos na mesma linha, apoiando o nosso candidato José Serra com nosso material e nossas palavras, mas sabemos que cada um fará sua escolha. Vamos continuar demonstrando as vantagens do nosso candidato".

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/poder/801313-psdb-de-minas-omite-serra-dos-santinhos.shtml

domingo, 19 de setembro de 2010

Albano Franco vota em Dilma e deixa Serra desconcertado em comicio


Nem tucano vota no Zé

José Serra participou, na noite desta sexta (17), de um comício na cidade de Itabaiana, em Sergipe.

A presença de Serra contrastou com uma ausência. Principal liderança do PSDB sergipano, o deputado Albano Franco absteve-se de dar as caras.

Serra foi ao “palanque”, improvisado na corroceria de um carro de som, acompanhado de João Alves (DEM) e Emanuel Cacho (PPS).

Para constrangimento de Serra, Emanuel, candidato ao Senado, injetou Albano em seu discurso. Um vídeo com a fala ganhou a web (assista lá no alto).

Na peça, Emanuel declara: “Sergipe não pode homologar o que está acontecendo. O seu aliado, Albano Franco, não está no palanque...”

“...O seu aliado, Albano Franco, correu do palanque. A política de Sergipe, meus amigos de Itabaiana, está uma vergonha...”

“...Albano Franco vota em Dilma Rousseff. Vota em Dilma Rousseff, não vota no presidente da República do partido dele”.

Contrafeito, Serra cutuca discretamente o ‘demo’ João Alves, como a pedir-lhe que intercedesse para que Emanuel mudasse o rumo de sua prosa.

Alves leva a mão ao ombro do orador. Mas, àquela altura, o dito já não podia passar por não declarado.

Essa passagem do comício, por emblemática, dá uma idéia do drama vivenciado por Serra.

País afora, o presidenciável tucano é alvejado por silvérios de sua coligação.

Excetuando-se Geraldo Alckmin, que abre, em São Paulo, generoso espaço para Serra em sua propaganda de TV, candidatos de outros Estados o escondem.

Alguns, como Albano, levam a traição às rais do paroxismo. Outros, como Emanuel, cuidam de iluminar a tragédia.